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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Camilo fará concurso para 4.200 policiais

O secretário de Segurança Pública do Ceará, Delci Teixeira, disse ontem na Assembleia Legislativa que o Estado vai fazer concurso público para contratar 4.200 policiais militares, nos próximos três anos, e que serão chamados policiais civis aprovados em concurso. Segundo ele, o governador receberá em dezembro as informações sobre a média salarial dos policiais do Nordeste para definir quando cumprirá promessa de campanha de igualar o soldo dos militares do Ceará a dos demais estados nordestinos.

O secretário demorou cerca de seis horas relatando sua atuação na Pasta nos últimos dez meses, ouviu críticas e respondeu questionamentos dos parlamentares. Delci reconhece que são elevados os números da violência no Estado, mas pondera que a Polícia tem o controle da situação, e a intensificação da parceria com a Polícia Federal e com os demais órgãos de Segurança têm sido importantes no combate às drogas e à entrada de armas pesadas no Estado.
O secretário reconhece a escassez de recursos, mas garante que os cortes determinados pelo governador Camilo Santana não prejudicaram ações da Segurança, pois foram inferiores aos das demais secretarias, ficando no nível das restrições financeiras impostas à Saúde e à Educação.
Um ponto destacado nas indagações dos deputados foi a chacina recente registrada em Fortaleza. Segundo Delci, o governador tem cobrado diariamente informações sobre o curso das investigações que estão a cargo da Controladoria, por conta do possível envolvimento de policiais militares. Promotores e policiais civis também estão investigando. Outro ponto batido pelos deputados foi quanto ao contingente da Polícia Militar e da Polícia Civil.
Judiciais
O secretário anunciou que as questões judiciais, são responsáveis pelo atraso na convocação dos policiais civis aprovados no último concurso, já teriam sido resolvidas e, no dia 7 de janeiro, será iniciado o curso de formação dos 763 policiais civis, 168 delegados, 336 escrivães e 259 inspetores. "Quando se fala em violência, sabemos que os números são altos, mas com o engajamento desses agentes concursados e os novos 4200 policiais militares que devem ser contratados nos próximos concursos, poderemos dar uma resposta mais efetiva", avaliou Delci Teixeira.
O secretário destacou que nos dez meses em que Camilo Santana está à frente do Governo, houve aumento no aporte de 1.022 policiais militares e 252 novos bombeiros. Além disso, 33 bombeiros e 202 policiais militares estão na Academia de Segurança Pública em curso de formação de oficiais. Delci Teixeira falou ainda que estão na fase final do curso de oficiais e devem tomar posse em breve 44 novos médicos legistas, seis peritos legistas, 23 peritos criminais e 65 auxiliares de perícia.
Outra preocupação do governo, segundo o secretário, seria o grande número de policiais que anualmente deixam a corporação. Delci afirmou que são cerca de 400 por ano os que terminam seu tempo de serviço e requerem a reserva. "Atento a isso, o governador Camilo Santana determinou que fizéssemos levantamento do efetivo total da Polícia Militar e acredito que, até o início de dezembro, possamos apresentar o resultado a ele para a partir daí tomar a decisão, inclusive da necessidade ou não de ampliar o efetivo neste momento", disse o secretário.
Bases no Interior
Delci destacou que, para garantir segurança no Interior, a Pasta alocou duas bases de helicópteros da Coordenadoria Integrada de Ações Aéreas (Ciopaer) em Juazeiro e Sobral. Os planos são de mais duas bases: em Russas e em Quixadá. "Acreditamos que um dos instrumentos mais eficazes no combate à criminalidade é o helicóptero", destacou.
Outra ação do governo para a interiorização da segurança pública foi levar equipes do Raio (Ronda de Ações Intensivas e Ostensivas) para Sobral e Juazeiro. "Mas é preciso deixar claro que tanto o Ciopaer quanto às equipes do Raio devem atender às regiões e não apenas as cidades onde estão suas bases", relatou.
Uma das linhas de investigação para a chacina que vitimou onze pessoas na semana passada é que a ação pode estar ligada ao assassinato de um policial. Delci foi categórico ao afirmar que o caso está sendo investigado criteriosamente, assegurando que todos os envolvidos serão punidos, sendo policiais ou não. "Entregamos hoje (quarta) o inquérito à Controladoria Geral de Disciplina e posso assegurar que não teremos problema algum em punir os responsáveis, mesmo sendo policiais", garantiu.
Ele falou da preocupação da secretaria da Segurança em também dar atenção às famílias dos policiais vitimas da violência.

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