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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Seca afeta fruticultura no Centro-Sul

Iguatu O distrito de Barro Alto, zona rural deste município, na região Centro-Sul do Ceará, vem investindo no plantio irrigado de frutas tropicais - banana, goiaba e graviola. A demanda é crescente, o mercado permanece favorável e a atividade assegura melhoria de renda da agricultura familiar. A preocupação, entretanto, é com a escassez de água, pois nos últimos anos houve investimento em equipamentos de irrigação e também implantação de várias técnicas produtivas modernas.

Além de queda do nível de água oriunda do lençol freático, o ataque de pragas é outro desafio a ser enfrentado. Os produtores mostram-se dispostos a continuar produzindo. Um exemplo vem do sítio Barra do Cangati, no distrito de Barro Alto. O agricultor Francisco Pereira da Silva faz o cultivo de graviola em uma área de um hectare. O pomar conta com 800 pés do fruto e foi formado a partir de sementes selecionadas. Na propriedade, a graviola divide espaço com goiaba e acerola, além do cultivo de hortaliças. "Apostei na diversidade de frutos para ter renda semanal", disse. "Sempre há culturas em produção".
O cultivo de graviola veio reforçar a renda familiar. O fruto é cultivado nas regiões tropicais e se adaptou bem às regiões Norte e Nordeste do Brasil. É comumente usado para o processamento de sorvetes, polpas e sucos. Tem composição em média de 65% de polpa, que é aromática, branca, de sabor suave e é levemente ácida. Rica em vitaminas A, C e do complexo B, além de cálcio, ferro, fósforo, magnésio e potássio.
Adubação
Segundo o produtor Francisco Pereira, os tratos culturais com a planta são relativamente simples. "É preciso adubação, feita de acordo com análise do solo, manutenção de limpeza dos pés e poda", explica. "O cultivo de graviola é novidade aqui na região, mas os resultados são satisfatórios".
O espaçamento mais indicado para o cultivo do fruto é de seis por seis metros. A planta pode atingir até oito metros de altura. Pereira optou por um espaço mais reduzido, quatro por quatro metros, e implantou sistema de irrigação por aspersores. "Hoje sem tecnologia não dá para se produzir mais nada", afirma. "A irrigação moderna é a nossa salvação porque economiza o recurso hídrico, reduz despesas com energia e a produção fica assegurada".
Os produtores da região já começam a sofrer com a escassez de água, mesmo em áreas próximas às várzeas do Rio Jaguaribe. "O lençol freático vem baixando", observa o agrônomo José Teixeira Neto. "A dificuldade de acesso ao recurso hídrico é uma limitante".
Com os tratos culturais adequados, uma graviola pode chegar a pesar três quilos, mas Francisco Pereira já colheu frutos de até cinco quilos. A preocupação atual do produtor é com o ataque de pragas nos últimos meses. "Estamos combatendo e vamos seguir em frente porque a nossa renda é da agricultura", frisou o agrônomo.
O valor de mercado está satisfatório. Em média, o quilo da graviola é vendido por R$ 5, no campo. Neste mesmo período de 2014, o produtor chegou a lucrar R$ 15 mil. Neste ano, em decorrência do ataque de pragas, deve ocorrer uma queda estimada em 40%.
A graviola é um fruto relativamente resistente, mas susceptível a doenças e pragas, sendo as mais comuns broca e antracnose. A broca é o problema mais comum de todos. O produtor disse que segue orientação de técnicos da Secretaria de Agricultura do Município. "Todos os dias estou no pomar, verificando as plantas, a floração e faço coleta dos frutos atacados para evitar que a doença se alastre para outros pés sadios".
Goiaba
Desde a década passada que o cultivo de goiaba vem crescendo na região Centro-Sul, com pomares em Iguatu, Jucás e Cariús, somando mais de 50 hectares.
A caixa padrão comercial de 25 quilos é vendida por R$ 30, em média. O quilo do mamão custa R$ 0,60 e o milheiro da banana prata varia entre R$ 140 e R$ 170, dependendo da qualidade do fruto. Já a comercialização da banana nanica para a indústria tem preço baseado no quilo, R$ 0,30.
Mais informações:
Secretaria de Agricultura de Iguatu
Fone: (88) 3581- 6527
Escritório da Ematerce em Iguatu
Fone: (88) 3581- 9478

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