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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Francisco pede perdão por escândalos recentes

Cidade do Vaticano. O papa Francisco pediu perdão, ontem, por escândalos que abalaram o Vaticano e Roma, em uma aparente referência a dois casos de sacerdotes e homossexualidade revelados neste mês durante uma grande reunião de bispos.

"Hoje, em nome da Igreja, peço-lhes perdão pelos escândalos que ocorreram recentemente, quer em Roma ou no Vaticano", disse Francisco, em uma declaração de improviso durante a audiência geral semanal na praça de São Pedro, antes de começar a leitura de uma catequese sobre a família. Ele foi aplaudido por dezenas de milhares de pessoas.
Em seguida, o papa leu o pronunciamento que havia preparado e não entrou em detalhes, mas houve dois escândalos envolvendo o Vaticano e a Igreja em Roma nas últimas duas semanas. Em 3 de outubro, o monsenhor polonês dom Krzysztof Charamsa, que trabalhava no escritório doutrinal do Vaticano desde 2003, deu entrevista coletiva na qual revelou ser gay e que há anos vive com outro homem. O Vaticano, então, demitiu o teólogo do trabalho e das aulas em universidades católicas.
"A propósito dos escândalos citados pelo papa, não se referia a políticos, nem ao prefeito de Roma, nem ao sínodo de bispos que acontece no Vaticano, por acaso se referia a assuntos que sacodem e perturbam os fiéis, de exemplos negativos que aparecem nos meios de comunicação", disse ontem o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.
Quando a decisão de Charamsa de revelar a homossexualidade foi divulgada na véspera de uma reunião de bispos do mundo no Vaticano, Lombardi classificou-a de "grave e irresponsável". Nos últimos dias, tem subido a tensão no Vaticano por causa da publicação de uma carta enviada por 13 bispos, em que denunciam a forma como está ocorrendo a reunião dos bispos.
O pontífice também parecia estar se referindo a um escândalo exposto na mídia italiana na semana passada, envolvendo uma ordem de sacerdotes que administra uma paróquia em um bairro afluente de Roma. Fiéis da paróquia de Santa Teresa d'Ávila escreveram a autoridades locais da Igreja alegando que um clérigo de lá havia tido encontros com "adultos vulneráveis". Jornais disseram que isso ocorreu em um parque adjacente frequentado por prostitutos do sexo masculino.
Desde sua eleição em 2013, Francisco já pediu perdão por abuso sexual de crianças pelo clero e pelo tratamento da Igreja aos protestantes e aos povos indígenas no curso da história.

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