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terça-feira, 6 de outubro de 2015

Ataques com explosivos caem 38% no Ceará em 2015

O cenário de terror proporcionado por explosões de estabelecimentos bancários em ações criminosas dignas do cinema tem sido cada vez menos recorrente no Ceará. A constatação é feita pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), que registrou diminuição de 38% neste tipo de ataque em 2015, comparado com o ano passado.
Os ataques a instituições financeiras tiveram leve redução. De janeiro a setembro de 2014 foram 52 ações registradas, ante 51 contabilizadas em igual período deste ano. Entretanto, o uso de explosivos nestes casos caiu de 29 para 18, representando 38% de diminuição.
O titular da DRF, delegado Raphael Vilarinho, exaltou os trabalhos realizados pela Especializada no combate às organizações criminosas dedicadas a roubar e furtar bancos.
"A DRF vem trabalhando no intuito de diminuir os ataques. No Brasil afora, só aumentam. Tivemos um aumento aqui em relação ao furto mediante uso de maçarico, mas a maioria foi tentado, não consumado. Nas explosões, tivemos só quatro consumadas. Os criminosos especialistas no uso de explosivos, os chamados 'blasters', estão presos. Temos que melhorar, tenho plena consciência disso, mas os dados são positivos", afirmou.
Dentre os 51 ataques a instituições financeiras registrados no Ceará até o último mês de setembro, 11 foram roubos, 16 foram arrombamentos com a utilização de maçarico, três foram na modalidade 'sapatinho', mesma quantidade de ataques a carro- forte e roubo de malotes.
"Em 2013 (em igual período), tivemos 76 ataques, entre roubos, furtos, etc. Em 2014 foram 52, e em 2015, estamos com 51 ataques. Uma das prioridades da DRF é tentar baixar ao máximo o número de explosões, e conseguimos. Em 2013 tivemos 33 ataques com utilização de explosivos, em 2014 tivemos 29 e em 2015 estamos com 18 ataques. Isso dá uma redução de 38% em comparação com o ano passado, uma redução considerável", ponderou o delegado.
Terror
As cidades que foram vítimas das ousadas empreitadas dos criminosos não esquecem os momentos de tensão que seguem o barulho da explosão. As estruturas físicas dos estabelecimentos financeiros, quando transformadas em escombros, deixam um rastro de medo, relatado por quem esteve há poucos metros do cenário do crime. Por este motivo, a Polícia diz fortalecer as ações, no intuito de diminuir também a sensação de insegurança dos locais atacados.
"Esses indivíduos são verdadeiros terroristas. Dão grande prejuízo à população, tanto financeiro, pois o estabelecimento bancário para de funcionar e os comerciantes e moradores têm dificuldade em captar dinheiro, como para o município, pois é um terror enorme que causam. Nossa prioridade é levá-los à cadeia, e é o que vem sendo feito. Tem ajudado muito o setor de inteligência que montamos na DRF e vem dando resultados positivos", relatou.
Após crescimento vertiginoso nos crimes contra agências bancárias no ano de 2012, enfim a Delegacia de Roubos e Furtos vislumbra um cenário de esperança para enfrentar o crime organizado, em uma guerra cujas últimas batalhas vêm sendo vencidas pelo Estado.
"De 2012 para 2013 tivemos aumento de 111% nos ataques a banco. Em 2014, houve 40,41% de diminuição, e esse ano mantemos a média do número de ataques mas com 38% de diminuição no uso de explosivos, que é nosso foco", enfatizou.

Ações específicas, para apreensão de material explosivo, vem sendo elaboradas pela Delegacia, conforme seu titular garante. "Estamos com operação em andamento para apreender, tentar tirar de circulação, explosivos ilegais no Ceará, não obstante ser responsabilidade do Exército, mas estamos com parceria com eles neste sentido" revelou Vilarinho.

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