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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Lagosta exportada é cada vez menor

Fortaleza. O sucesso da lagosta dentro e fora do Estado, cada vez mais valorizada, é também o seu maior perigo. O aumento da procura estimulou a pesca "de qualquer tamanho", basta ser lagosta. Por ano, o Ceará exporta até 14 milhões de lagostas dos mais diferentes tamanhos e, portanto, idades.

Enquanto em 2004, o peso médio da cauda da lagosta exportada ficava em 182,17 gramas, no ano de 2013 baixou para161,13 gramas. "A diminuição do peso médio da lagosta nas exportações é um sinal do esgotamento", explica relatório do Centro de Desenvolvimento e Pesca Sustentável (Cedepesca). A pesca de lagosta imatura está reduzindo os estoques. Significa que quanto mais novo o pescado, menor a recarga reprodutiva que fica no mar. De acordo com o Ibama, blitze nos pontos de estoque e de venda revelam a presença de lagostas de idades 1 e 2. Pela classificação do Ministério da Pesca, não chegaram à fase reprodutiva.
Recomendações
A recuperação dos estoques ao nível de 40% da biomassa reprodutiva daria-se, de acordo com o Cedepesca, com a redução das capturas em 75%. O próprio órgão reconhece ser impraticável, mas sugere medidas atenuantes. Pela forte presença da pesca ilegal indiscriminada, até isso soa impraticável, sem a devida fiscalização: reduzir pela metade a captura de lagostas miúdas e, em 20%, a pesca de lagosta de comprimentos legais. "O ideal seria manter essa redução durante os próximos três anos", afirma Vladila Oliveira.

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