Brasília. Em diversas cidades brasileiras, o Dia da
Independência foi marcado por protestos contra o governo Dilma Rousseff. As
denúncias da Operação Lava-Jato e o pedido de impeachment contra a presidente
foram os principais temas abordados nas capitais. Brasília concentrou os atos
contra e a favor do governo mais intensos no 7 de Setembro. Ao menos outras
oito capitais tiveram atos antiPT.
Na
Esplanada dos Ministérios, bonecos da presidente Dilma Rousseff, com lama pelo
corpo e nariz de Pinóquio, e o já famoso "Pixuleco", que representa o
ex-presidente Lula vestido de presidiário, foram inflados. Segundo estimativas
oficiais, cerca de 500 pessoas se espalharam pelo local no ato contra o
governo. No total, a Polícia Militar (PM) contou 25 mil pessoas no desfile. O
episódio mais tenso foi logo após as festividades. Ativistas derrubaram placas
de metal que bloqueavam o acesso ao Eixo Monumental, onde estava o palanque das
autoridades.
Em São
Paulo, durante o Desfile Cívico e Militar realizado no Sambódromo do Anhembi,
manifestantes protestaram contra o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. Um pequeno grupo defendia, ainda, a intervenção militar e outro
protestava contra o governador, Geraldo Alckmin, exigindo solução para a
chacina de Osasco e Barueri, na Grande São Paulo.
O
governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), também foi alvo de
manifestações nas comemorações do 7 de Setembro em Belo Horizonte. Nas
proximidades do palanque montado na Avenida Afonso Pena, um grupo de 15 a 20
pessoas começou a gritar frases em coro, contra o governador, como "fora
Pimentel", "devolve o meu dinheiro", "ladrão",
"prende o Pimentel" e "É, Sérgio Moro". Já ao Grito dos
Excluídos na capital mineira, compareceram, segundo os organizadores, entre 400
e 500 pessoas. A Polícia Militar somou 150 participantes.
Em
Belém, no Pará, após o desfile de cerca de três mil militares, representantes
de movimentos sociais também promoveram o Grito dos Excluídos. De acordo com a
coordenação, o evento é uma manifestação pacífica que reafirma a luta em defesa
da democracia e pede direitos sociais e políticos no País. O ato reuniu cerca
de 300 pessoas.
Em
Aparecida, no Vale do Paraíba paulista, a 21ª edição do Grito dos Excluídos
reuniu 800 pessoas, segundo os cálculos da PM. De acordo com Ari Alberti, da
coordenação nacional do Grito dos Excluídos, apesar da baixa adesão ao
movimento, é preciso comemorar. "Só não tivemos notícias ainda do Acre e
do Maranhão, porém tivemos ações com mais ou com menos pessoas em todo o País.
Isso é muito bonito".
Os atos
se apresentaram também contra o ajuste fiscal do governo. Alguns, por outro
lado, protestaram contra a hipótese de impeachment de Dilma.
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