O Governo do Ceará decidiu
adotar providências severas contra a ação de proprietários rurais de municípios
do Baixo Jaguaribe, que estão a desviar água do rio de mesmo nome para
atividades ilegais de cultivo de arroz, cana de açúcar, feijão, milho e frutas
e até de carcinicultura (criação de camarão).
Há um político importante da região envolvido nas denúncias.
As atividades são ilegais porque os proprietários rurais
denunciados não têm outorga da Cogerh para o uso da água do Jaguaribe.
O momento é de crise hídrica, razão pela qual todo cuidado com o
uso da água, neste momento, é pouco.
Para mostrar que agirá contundentemente, o governo estadual
acaba de criar uma força-tarefa de fiscais da Secretaria de Recursos Hídricos,
da Cogerh, da Semace e do Ministério Público, que, com o apoio de escolta
policial, “invadirá” as propriedades para apreender as moto-bombas utilizadas
no desvio da água.
Essa força-tarefa também
entrará na Justiça com processo contra os “desviadores” de água.
Este blog apurou que um político, com grande influência em um
dos municípios do Vale do Jaguaribe, seria um dos proprietários rurais que, sem
outorga da Cogerh, desviam água do rio São Jaguaribe para viveiros de criação
de tilápia.
Na semana passada, o secretário de Recursos Hídricos, engenheiro
Francisco José Teixeira Coelho, ex-ministro da Integração Nacional, disse a um
grupo de empresários da indústria e da agropecuária que “é crítica a situação
da oferta de água” no Ceará.
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