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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Receita de serviços no Ceará avançou 6,4%

O Ceará confirmou, mais uma vez, sua vocação econômica para o setor de serviços. O segmento no Estado registrou em junho, juntamente com Santa Catarina, o segundo maior avanço (6,4%) de receita bruta no País, no comparativo entre o acumulado dos últimos 12 meses e os 12 meses imediatamente anteriores.
Os dados constam na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 Segundo o levantamento, Ceará e Santa Catarina ficaram atrás apenas da Bahia (7%) em crescimento de receita no período. Registraram queda Amapá (-3,8%), Roraima (-3,2%), e Mato Grosso (-1,8%).
No comparativo entre junho deste ano e igual período do ano passado, o Ceará também cresceu de maneira significativa em receita bruta (6,2%), sendo essa a 11ª expansão consecutiva registrada pelo Estado nessa base de comparação.
Consolidando mudança
"Nós estamos consolidando uma mudança de matriz na nossa economia, que há 30, 40 anos era principalmente industrial, para o setor de serviços. Além disso, nós temos o efeito positivo da base de comparação. Em junho do ano passado, tivemos a Copa do Mundo. Houve muitos feriados, e o público ficou muito concentrado nos eventos, e isso acabou muito prejudicando o setor de serviços", avalia o economista Alex Araújo.
Segundo a PMS, as maiores variações positivas entre os meses de junho de 2014 e 2015 foram constatadas em Rondônia (15,9%), Alagoas (8,0%) e Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina (as três com 7,4%). Os menores crescimentos ocorreram em Pernambuco (0,5%), Goiás (0,7%) e Acre (0,8%). Houve queda de receita em Rio de Janeiro (-5,7%), Paraíba (-4,6%), Amapá (-4,3%), Maranhão (-2,9%), Rio Grande do Norte (-1,5%), Amazonas (-0,6%), Distrito Federal (-0,5%) e Bahia (-0,2%).
Segmentos
No Ceará, dentre os segmentos que tiveram impacto para o avanço da receita entre os meses de junho de 2014 e 2015 estão os serviços profissionais, administrativos e complementares (9,5%). "Esse segmento inclui serviços de autônomos qualificados, como contadores, advogados, médicos que atendem de forma particular e engenheiros. Esse é um segmento forte, de alto valor agregado, e a tendência dele é continuar crescendo", conta Alex Araújo.
Também contribui para o aumento do índice os serviços prestados às famílias (9,2%), que incluem alojamento, alimentação e diversas outras atividades, como artes, esportes, lavanderias, cabeleireiros e cursos de idiomas. Registraram crescimento, ainda, os serviços de informação e comunicação (3,7%) e outros serviços (21%), que engloba atividades de manutenção, reparação, esgotamento, coleta. O único segmento que teve queda foi o de serviços auxiliares dos transportes e correio (-4,4%).
O QUE ELES PENSAM
2º semestre deve ser melhor
Esse impacto de 9,2% deve ter se refletido mais em outros setores, pois nós estamos conseguido, mesmo com essa crise, manter a estabilidade, Estamos fazendo promoções, investindo mais em mídia, para que a gente consiga manter, pelo menos, os mesmos patamares do ano passado. Eu acredito que o segundo semestre demonstrará melhoria, se continuar essa diferença cambial. O brasileiro vai ter que fazer mais esse turismo interno e nós passamos a ser atrativos também para o turismo internacional.
Darlan Teixeira Leite
Presidente da Abih-CE

No mês de junho do ano passado foi muito bom para restaurantes que estavam perto dos hotéis da Beira-mar, mas foi péssimo para todos os outros hotéis que não estavam na rota da Copa. Esse mês de junho não foi bom. Tivemos menos eventos e as casas fazendo promoção para trazer os clientes. Agora, daqui em diante, com certeza vai dar uma melhorada, mas não vai ser uma coisa estupenda. Estamos prevendo queda de faturamento nos próximos meses em relação ao ano passado.
Rodolphe Trindade
Presidente da Abrasel-CE

Murilo Viana
Repórter

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