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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Desemprego deve crescer até 2017

Rio. A deterioração do mercado de trabalho pode se estender até 2017, afirmou o pesquisador Rodrigo Leandro de Moura, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Ainda que não tenha uma previsão fechada de quanto deve ser a taxa de desemprego daqui dois anos, a continuidade do aumento é dada como certa. "Com a economia ainda fraca, o desemprego deve continuar subindo", disse.

Neste ano, a taxa de desemprego deve atingir 8,3% em todo o País, tendo como parâmetro a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Será um recorde na pesquisa, que apontou taxa de 6,8% no ano passado. Em 2016, a alta deve continuar, ainda que em menor intensidade, até 9,1%.
"Nossa previsão até está um pouco otimista para os dois anos. Em 2017, deve continuar o aumento do desemprego. No fim de 2017 pode ser que os empresários voltem a contratar, mas talvez não haja a pujança de anos passados porque o custo de mão de obra é maior e o mercado está mais formalizado. Será o suficiente para manter a taxa de desemprego constante", disse.
Desalento
Um fator negativo, mas que pode provocar a queda da taxa de desemprego a partir de 2017, é o desalento, apontou o pesquisador. "Isso ocorre quando a pessoa procura emprego por muito tempo e, sem encontrar, desiste", explicou. Caso isso ocorra, será uma razão não virtuosa para o alívio da pressão sobre o mercado de trabalho.
No último dia 5, a FGV anunciou que o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 1,2% em julho ante junho, para 90,8 pontos na série com ajuste sazonal. É o maior resultado desde novembro de 2007 (93,9 pontos), indicando que os consumidores percebem piora no mercado de trabalho, mais entre a baixa renda.
Já o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 0,3% em julho ante junho, revertendo parte da queda no mês anterior. Mesmo assim, Moura alerta que o setor de serviços, tem piorado na avaliação dos negócios para os meses seguintes.

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