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sexta-feira, 10 de julho de 2015

Sindicatos propõem alternativas para reajuste da aposentadoria

As centrais sindicais já se mobilizam em torno da proposta de reajuste da aposentadoria para pôr na mesa de negociação com o governo uma proposta que garanta ganho real aos aposentados, acima da inflação, para benefícios superiores ao piso. Na Rússia, a presidente Dilma Rousseff reforçou o que já havia sido dito por lideranças do governo:deve vetar a medida aprovada pelo Senado, que equipara os critérios de reajuste do mínimo à aposentadoria, uma mudança que teria impacto de R$ 3,4 bilhões, segundo o governo, nos cofres da Previdência até 2018. 

Uma das propostas das centrais sindicais prevê que o reajuste das aposentadorias acima do mínimo leve em conta uma combinação do índice de inflação e a média dos aumentos reais que foram conseguidos pelos sindicatos da ativa. 
O texto aprovado pelo Congresso estende para todas as aposentadorias a fórmula do reajuste do salário mínimo: INPC acumulado no ano anterior mais a taxa de crescimento do PIB de dois anos. Desde 2006, as aposentadorias acima do piso são reajustadas, todo ano, só com base na variação do INPC. Neste ano, essas aposentadorias tiveram um incremento de 6,23%, enquanto o salário mínimo aumentou 8,84%. 
"Eu tenho de olhar toda a lei, ver do que se trata", disse Dilma em entrevista na reunião do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. "Muitas vezes, nós vetamos e colocamos uma proposta na mesa", afirmou. "Mas não avaliei a questão", completou. Ela lembrou que o governo agiu dessa forma com o Código Florestal e o Fator Previdenciário. Em Brasília, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que a equipe econômica vai avaliar se a medida é sustentável.
A estratégia das centrais é influenciar a contraproposta de Dilma, que será enviada ao Congresso no mesmo dia do veto. "Não há hipótese de conversar sem ganho real", afirmou o senador Paulo Paim (PT-RS). Ele defende que o reajuste aplicado ao salário mínimo é o melhor critério, como sempre lutaram, nos últimos anos, movimentos de aposentados e pensionistas. "Com o PIB do jeito que está, não haverá praticamente nada nos próximos dois anos", disse. No entanto, se o veto for inevitável, ele acredita que o melhor caminho seja atrelar o reajuste ao crescimento da massa salarial dos funcionários da ativa. 

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