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quinta-feira, 16 de julho de 2015

COB nega polêmica sobre continência dos atletas no Pan de Toronto

Alguns atletas do judô bateram continência ao subir no pódio para receber a premiação nos Jogos Pan-Americanos. O fato gerou comoção nacional, algumas pessoas a favor outras contra. No entanto, o gesto representa, segundo os próprios atletas, uma forma de agradecer um projeto de integração entre as Forças Armadas (FA) e o Comitê Olímpico do Brasil (COB). 
Em 2009, as duas entidades começaram a trabalhar juntas visando os V Jogos Mundiais Militares, o objetivo era formar uma equipe de militares que fosse capaz de representar o País de forma satisfatória. O COB enxergou a possibilidade de apoio das FA como um ponto positivo para a preparação dos atletas de alto nível.
Os judocas Tiago CamiloCharles Chibana e Luciano Corrêa, por exemplo, chegaram ao Pan de Toronto ocupando o posto de 3º Sargento do Exército e atualmente recebem um sálio de até R$ 4 mil, têm direito à assistência médica e podem utilizar todas as instalações esportivas militares. Para Luciano Corrêa, que deu entrevista à ESPN Brasil, bater continência era uma forma de agradecer todo o apoio que foi dado a partir do programa. Segundo Corrêa, nenhum deles foi obrigado e que o gesto "partiu deles".
Os judocas e alguns atletas de outras modalidades chegaram até a fazer treinamento de sobrevivência, além de terem aprendido a atirar. A conviência com a cultura militar, de acordo com Tiago Camilo, teria colaborado bastante com o rendimento e a preparação para os Jogos Pan-Americanos de Toronto. 
Repercussão
A Carta Capital publicou uma matéria criticando a posição dos atletas, relacionando a conotação política que estaria ligada ao gesto, mas pela repercussão, o texto, que estava no site da revista, foi retirado do ar.
Para o COB, a continência prestada pelos atletas do Brasil não representa nenhum risco ao esporte do País e tem relação com a emoção que os judocas viveram no momento da premiação.
Confira a nota com o posicionamento do Comitê Olímpico Brasileiro sobre o ocorrido: 
1. O Regulamento de Continências, Honras e Sinais de Respeito prevê que a "continência é a saudação do militar". É um sinal de respeito que deve ser prestado, estando ou não com a cabeça coberta. Reza ainda que o militar da ativa deve, em ocasiões solenes, prestar continência à Bandeira e Hino Nacional Brasileiro e de países amigos. É bom notar que esses atletas não são militares apenas quando estão fardados, mas sim, todo o tempo. 
2. O COB entende, portanto, que a continência, além de regulamentar, quando prestada de forma espontânea e não obrigatória, é uma demonstração de patriotismo, sem qualquer conotação política, perfeitamente compatível com a emoção do atleta ao subir no pódio e se saber vencedor. Segundo muitos deles, representa também um reconhecimento pelo apoio que recebem das Forças Armadas e uma manifestação do orgulho que têm em representar o país.

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