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quinta-feira, 18 de junho de 2015

Reajuste dos planos de saúde é o maior em 10 anos

Anunciado no início deste mês pelo governo federal, o reajuste de até 13,55% nos preços dos planos de saúde do País é o mais alto em dez anos, segundo estudo realizado pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). De acordo com a entidade, o aumento realizado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) atinge 9,9 milhões de usuários e leva em conta valores de parte do mercado não regulada pela Agência.

O Idec sugere que o limite máximo do reajuste seja indexado à inflação, que foi de 8,17% no período entre maio de 2014 e abril de 2015. A justificativa da agência para o aumento, que o Idec considera abusivo, se baseia nos custos do setor, como o investimento em novas tecnologias, e na média dos reajustes dos planos coletivos, que são livremente estipulados pelas operadoras no País.
Carta à Presidência
A entidade também encaminhou uma carta à Presidência e a outras autoridades no último dia 10 deste mês, criticando o valor e exigindo imediata revisão dos índices de aumento. O Idec pede uma discussão ampla dos problemas do setor de saúde suplementar e do papel da agência reguladora, além dos demais órgãos públicos.
"Na prática, ao incluir no cálculo a média de aumento dos planos coletivos, que não é regulado, a ANS permite às operadoras que determinem os reajustes aos planos individuais e familiares. Ao negligenciar seu papel de órgão regulador, a agência prejudica o consumidor, que terá cada vez mais dificuldades em se manter em um plano de saúde", afirma a advogada e pesquisadora do Idec, Joana Cruz.
Entre maio de 2013 e abril de 2014, o Idec também analisou os reajustes aplicados por 535 operadoras aos contratos coletivos de até 30 vidas e identificou aumentos que chegavam a até 73% no caso de uma operadora, e tendo como média 11%, quase o dobro da inflação registrada no período.
Inflação
Ainda de acordo com o levantamento realizado pela entidade, quando comparado o IPCA acumulado nos últimos dez anos aos índices autorizados pela ANS para planos individuais e familiares, é possível verificar que a relação entre os reajustes e a inflação acumulada entre 2006 e 2015 apresentou um aumento na variação dos índices de 26,74%, enquanto a diferença acumulada entre os índices foi de 46,09 pontos percentuais.

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