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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Projeto de inclusão do Facebook aposta que operadora vá ganhar clientes

Facebook divulgou uma carta em que defende seu projeto Internet.org, por meio do qual vai oferecer acesso grátis à rede social em celulares no Brasil, ferindo a neutralidade de rede, principal tema da polêmica em que está envolvida a iniciativa.
Além disso, o executivo que assina o comunicado, Bruno Magrani, diretor de relações institucionais da empresa no Brasil, diz que o objetivo é "criar a oportunidade para que as pessoas comecem a explorar e pagar para usar a internet de forma ampla, tão logo lhes seja possível".

 "De fato, o Internet.org não fará sentido para as operadoras caso as pessoas não prossigam com a futura contratação e pagamento para explorar a internet como um todo".
Por meio do Internet.org, que está atualmente disponível em 14 países, as teles parceiras oferecem acesso a serviços on-line considerados essenciais, como Wikipédia, órgãos governamentais e páginas com informações sobre saúde, além, claro, da rede social.
A empresa afirma que as provedoras de acesso não cobram do Facebook para o serviço grátis. Diz, ainda, que a versão de seu site para os que desfrutarem do pacote de serviços gratuitos não exibe anúncios. Segundo a empresa sediada em Menlo Park, Califórnia, os parceiros de conteúdo tampouco pagam para figurar entre os que podem ser acessados de graça.
Na Colômbia, que recebeu o projeto em janeiro, usuários podem acessar conteúdo do site de previsão de tempo AccuWeather, o financeiro Su Dinero, o de saúde 1do3, o de agriculturaTambero, entre outros. Outras empresas que fazem parte da iniciativa são Ericsson, Mediatek, Nokia, Opera, Qualcomm e Samsung.
Neutralidade
Esse mecanismo fere a neutralidade de rede determinada pelo Marco Civil, já que a lei prevê que toda informação e todo site sejam tratados igualmente - e, ao permitir acesso ao Facebook, mas impedir o ao Google, as operadoras discriminam dados por origem. Por causa disso, 21 entidades brasileiras enviaram uma carta pública contra a implementação do projeto no Brasil à presidente Dilma Rousseff em abril último.
À reportagem, o executivo responsável mundialmente pelo Internet.org, Chris Daniels, afirmou que o Facebook é "a favor da neutralidade", antes de adicionar: "Mas ela tem de coexistir com iniciativas que conectam as pessoas".
No comunicado desta segunda-feira (22), a companhia reiterou a posição de Daniels, mas disse que a parceria com as operadoras "não requer nenhuma espécie de bloqueio ou a criação de vias expressas de priorização de conteúdos". "Nenhuma regulação deveria ser criada de forma a prejudicar justamente as pessoas que carecem de acesso", escreve Magrani.
Apesar de uma parceria ter sido anunciada em abril por Dilma e por Mark Zuckerberg, cofundador e presidente-executivo do Facebook, a companhia afirmou que não há qualquer contrato entre o governo e a gigante de internet, hoje com cerca de 1,4 bilhão de usuários. "O Facebook não assinou nenhum acordo referente ao Internet.org com nenhum governo ao redor do mundo - nós simplesmente trabalhamos com as operadoras de telefonia móvel para oferecer os serviços do Internet.org junto aos seus usuários".

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