O Google passa
nesta quinta-feira (11) a exibir
páginas da web em versão reduzida, com imagens em qualidade
mais baixa e sem alguns elementos complexos, para donos de celular com seu sistema
operacional Android, a fim de acelerar a navegação. O usuário
pode solicitar não ver os sites na versão comprimida. A função
estará disponível no Chrome e no navegador padrão do sistema,
além de no aplicativo de busca (chamado simplesmente Google), só
quando é detectada uma conexão considerada lenta.
A empresa diz que a mudança faz com que o tempo de carregamento
fique quatro vezes menor e reduz em média 80% na quantidade de dados
necessários para abrir uma página. Segundo Hiroto Tokusei, gerente de produto e
um dos responsáveis pela implementação, o conteúdo das páginas não é
comprometido. "Tentamos 'otimizar' a página removendo coisas menos
importantes, o que inclui código JavaScript [para elementos interativos, por
exemplo], CSS [estilização] e reduzindo a qualidade de imagens até um certo nível",
diz.
Tokusei afirma que, na Indonésia, único país onde capacidade já
foi introduzida, o número de visitas dos sites que tiveram seu "peso"
reduzido aumentou cerca de 50%. Ele diz que essa é uma das frentes em que o
Google atua para expandir o acesso à internet -o que potencialmente aumenta o
faturamento da empresa. Recentemente, a empresa anunciou que sites que tem uma
versão preparada para a exibição em telas pequenas ganhariam destaque nas
páginas de resultados de buscas feitas no celular.
Uma das pesquisas mais abrangentes acerca de gastos em publicidade
no mundo, o relatório do instituto Pew publicado em abril último aponta que, no
ano passado, o Facebook liderou o gasto em anúncios nos dispositivos móveis -a
frente que mais tem crescido. O estudo mostra que o Google ficou estagnado
entre 2013 e 2014 no segmento, com fatia de 12% no setor, um contraste com o
crescimento de 27,5% no mesmo período do Facebook, que aumentou sua
participação de 29% para 37%.
A novidade chega nesta quinta também aos usuários indianos.
"As conexões são diferentes no Brasil, na Índia e na Indonésia, mas
sabemos que conexões lentas continuarão a existir em todo lugar para
sempre", diz Tokusei.
A empresa afirma que sites difíceis de serem compactados por meio
de sua tecnologia, caso de portais de vídeo e páginas que exigem os chamados
cookies para seu correto funcionamento não são alterados.
Segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios) mais recente, divulgada em abril pelo IBGE,
o acesso pelo celular no Brasil está aumentando, com
capilaridade de 53,6% ante 88,4% do computador nas residências brasileiras.
Em alguns
Estados (Amapá, Amazonas, Pará, Roraima e Sergipe), a representatividade do
internauta no celular é superior à do usando PCs.
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