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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Estudo revela incidência alta de Aids em prisões

Brasília. A taxa de contaminação por Aids no sistema prisional brasileiro é 60 vezes maior que a taxa da população total do País. São 1.215 contaminados a cada cem mil presidiários, contra 20,2 por cem mil fora das prisões. Os dados fazem parte de um detalhado estudo divulgado, ontem, pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em sua cruzada contra os projetos em tramitação no Congresso para a redução da idade penal de 18 para 16 anos.
"Está evidente que um jovem que entrar no sistema carcerário terá uma propensão muitíssimo maior de sair de lá com aids. Se é que vai conseguir sair vivo de lá", disse o ministro.

Além da questão de saúde, Cardozo aponta outros problemas graves da eventual redução da maioridade penal. Um deles é a da superlotação dos presídios
"O sistema vai explodir. Aliás, o sistema já está explodido", frisou o ministro, estimando que, caso a redução seja aprovada, esse sistema será sobrecarregado a cada ano por mais 40 mil jovens que responderem por apenas tráfico de drogas.
O estudo, segundo o ministro da Justiça, comprova que já há hoje um déficit de 231 mil vagas no sistema prisional e que o tempo médio de construção de presídios é de quatro anos. Em 2011, a presidente Dilma Rousseff autorizou R$ 1,1 bilhão para 40 mil novas vagas, mas elas ainda não foram entregues.

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