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sexta-feira, 12 de junho de 2015

Alta na tarifa de água vai superar os dois dígitos

Quem pensa que os preços dos produtos e serviços públicos administrados já subiram tudo neste ano, engana-se e deve continuar economizando. Depois dos aumentos de energia elétrica, combustíveis, taxas de juros e inflação, o consumidor cearense deve começar a se preparar para mais um aumento, desta vez, nos preços dos serviços da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), previstos para serem anunciados em meados de julho próximo, e cujos índices superarão a casa dos dois dígitos, ou seja, serão acima de dez por cento.

A conta do novo reajuste dos serviços de fornecimento de água potável e de esgotamento sanitário realizados pela Cagece tem por base alguns indicadores, a começar pelo reajuste recente no preço da água bruta, da ordem de 18,5%, aplicado pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh). "É provável que (o reajuste das tarifas deste ano) seja superior a dois dígitos", confirmou, na tarde de ontem, o coordenador econômico e tarifário da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados (Arce), Mário Monteiro Parente.
Novo modelo
De acordo com ele, além da água bruta e da energia, cujo impacto nas tarifas é da ordem de 11,04% da receita operacional da Cagece, outros fatores irão contribuir neste ano, com um reajuste maior nas contas de água e esgoto. No ano passado, os serviços ofertados pela Companhia aumentaram 7,3%, para os usuários da Capital, e 7,5% para os consumidores de 150 municípios do interior. Entre estes fatores estão a própria escassez e a baixa qualidade da água bruta ofertada no Estado, decorrente da seca, o que elevou os custos de tratamento e distribuição, além do novo modelo tarifário, em fase de conclusão pela Arce. Conforme explicou Parente, o novo sistema de cálculo das tarifas da Cagece não mais será baseado apenas na elevação dos custos e do índice inflacionário relativos ao ano anterior do aumento, o que vem acontecendo há três anos.
A partir deste ano, irá considerar também os custos dos ativos da empresa, as despesas realizadas, a eficiência dos serviços prestados e o custo dos investimentos futuros. Para Parente, o novo sistema irá tornar o modelo tarifário mais transparente, mais justo economicamente, além do que permitirá capitalizar a Companhia para novos investimentos.

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