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sexta-feira, 1 de maio de 2015

Tomate ficou até 275,16% mais caro

Após diversos sobes e desces durante os três primeiros meses deste ano, o preço do tomate disparou no fim do mês passado, nos três supermercados pesquisados pela reportagem. Em um deles, a variação, comparando-se os meses de janeiro e abril, chegou a 275,16%. Ou seja, no início do ano, o consumidor desembolsava apenas R$ 1,49 pelo quilo do fruta. No mês passado, teve de gastar R$ 5,59 pela mesma quantidade, quase quatro vezes o preço anterior.

Dando continuidade à série Dança dos Preços - que acompanha, mês a mês, os valores de 20 itens, dentre alimentos e produtos de higiene, em três estabelecimentos supermercadistas da capital cearense - foram consultados valores ontem e na última terça-feira (28), e comparados com os que haviam sido obtidos nos três meses deste ano.
De acordo com a nova pesquisa direta, o quilo do tomate atingiu os valores mais altos já constatados pela reportagem, nos últimos quatro meses, nos três supermercados consultados. Na loja A, por exemplo, o valor havia oscilado de R$ 2,65 a R$ 3,59, entre janeiro e março. No entanto, na última terça, o item estava sendo comercializado por R$ 6,89, o quilo, no mesmo local.
O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Reginaldo Aguiar, ressalta que a tendência na alta do tomate ocorre, dentre outros fatores, por uma redução no plantio do alimento. Na Serra da Ibiapaba, principal região abastecedora dos supermercados de Fortaleza, produtores estão preferindo outros tipos de hortaliças que demandam menos água, já que as recentes chuvas não tem sido insuficientes. "O produtor está tendo muitos problemas, porque não tem água suficiente para plantar o tomate", explica. Isso, então, tem causando queda na oferta e consequente alta no valor do produto.
Após altas e quedas, o preço da cenoura também atingiu os maiores valores já constatados nos três estabelecimentos pesquisados pelo do Diário do Nordeste, neste ano. Comparando-se os valores que foram obtidos em janeiro e abril, o aumento de preço chega a 69,86%. É o caso do quilo do legume no supermercado C, que no primeiro mês deste ano custava R$ 2,29, e no fim do mês passado era comercializado por R$ 3,89. A laranja, embora tenha caído de preço entre março e abril, se manteve mais cara em relação ao início do ano. No supermercado C, por exemplo, o valor do quilo mais que dobrou, indo de R$ 1,25 em janeiro para R$ 2,54 em abril.
Situação semelhante ocorreu com o feijão carioca da marca Kicaldo, que também teve quedas nos valores de março para abril, mas está até 26,25% mais caro, em comparação com janeiro. Vale destacar ainda o óleo de soja Soya, um dos produtos com tendência de crescimento nos últimos meses.
Quedas
A batata inglesa atingiu os menores preços em dois estabelecimentos neste quadrimestre, apesar de ter sofrido elevação em um deles. Em janeiro, o quilo do tubérculo chegou a custar R$ 6,89 no supermercado A, mas na última terça-feira, era comercializado por R$ 2,87.
Após terem aumentado bastante em 2014, os preços da alcatra e do coxão mole mantiveram-se inalterados nestes quatro meses, com exceção de algumas ofertas no supermercado C. "Depois que o preço da carne cresce muito, ele costuma estabilizar em um patamar muito alto. Só não sobe mais porque o mercado não aguenta. Entretanto, se você considerar uma tendência de longo prazo, é o item que mais sobe", afirma Reginaldo Aguiar.
Murilo Viana
Repórter

http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/negocios/tomate-ficou-ate-275-16-mais-caro-1.1281179

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