Seja bem vindo...

Páginas

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Consumo de energia tem queda de 0,9% em março

São Paulo. O consumo de energia elétrica totalizou 39.827 gigawatt-hora (GWh) em março, o que representa uma queda de 0,9% em relação a igual período do ano passado. O resultado é explicado principalmente pela queda de 3,2% da demanda industrial, com 14.631 GWh no período, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O resultado mais do que compensou a elevação de 2,1% no consumo da classe comercial (7.903 GWh).
A EPE destaca que a retração do consumo é explicada pelo cenário econômico adverso e por temperaturas mais amenas no mês passado, quando comparadas a março de 2014. 

O aumento das tarifas desde o início do ano e a percepção de piora nos últimos meses no quadro econômico do País também desestimulam o consumo. Os mesmos fatores ajudam a explicar a queda de 1,1% da demanda por energia nas residências brasileiras (11.148 GWh), a segunda variação negativa consecutiva. Além disso, ocorreram "diferenças no ciclo de faturamento", segundo a EPE, o que ocasiona a leitura de um menor número de dias de consumo. Na categoria "Outros", o consumo teve alta de 1,1% na comparação entre meses de março.
Na análise regional, destaque para a queda de 2,8% da região Sudeste, a mais relevante do Brasil e única a apresentar variação negativa. A região Sul, a segunda maior consumidora de energia, teve a menor alta dentre as demais regiões do País: 0,3%. A região Nordeste, terceira mais importante, teve alta de 0,6%. As maiores altas foram registradas nas regiões Centro-Oeste (2,6%) e Norte (2,7%).
Trimestre
Os dados divulgados pela EPE mostram que o consumo de energia no acumulado dos três primeiros meses de 2015 encolheu 0,6% sobre igual período de 2014, ao atingir 121.057 GWh.
O único grupo a reduzir o consumo nessa base comparativa foi a indústria, com retração de 3,9%. "Todas as regiões apresentaram resultados negativos, em especial, o Nordeste (-4,8%) e o Sudeste (-4,7%)", destacou a EPE, em referência ao segmento industrial. As classes residencial e comercial, por outro lado, apresentaram expansão de 1,4% e 1,6%, respectivamente. A categoria "Outros" cresceu 0,8%.
Por região, destaque para as retrações do Sudeste (-1,7%) e do Sul (-1,3%). As regiões Nordeste e Centro-Oeste apresentaram expansão de 1,4% e 1,6%.
Revisão tarifária: Aneel define regra
Brasília. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem as regras que serão seguidas no quarto ciclo de revisão tarifária das distribuidoras de energia. As novas regras terão um impacto negativo médio nos reajustes da conta de luz de 0,3%, mas a alta do custo da energia devido à seca e ao uso de térmicas vai manter os aumentos em níveis elevados.
As regras do quarto ciclo afetam apenas a parcela do reajuste que remunera as distribuidoras, ou seja, o lucro da empresa. Essa parcela representa apenas 20% da tarifa, por isso, o efeito é muito pequeno na tarifa para o consumidor.
As novas regras vão permitir maior captura dos ganhos de eficiência e de custos operacionais do setor. Como as empresas estão gastando menos, o repasse para a tarifa também será menor. Segundo técnicos da Aneel, esse será o fator mais significativo em termos de impacto nas tarifas.
Além disso, a Aneel aumentou o nível de tolerância de perdas não técnicas, o que vai elevar a remuneração das empresas mais eficientes. A agência apurou um aumento nos ganhos de produtividade do setor, o que passará a ser considerado no cálculo do Fator X, reduzindo o impacto dos reajustes tarifários O Fator X funciona como um redutor do índice de inflação usado nos reajustes, o IGP-M. Como a produtividade média do setor aumentou, o desconto do Fator X passou de 1,11% para 1,53%.
Além disso, a agência introduziu indicadores de qualidade comercial no componente Q do Fator X, o que deve incentivar melhorias na qualidade do atendimento comercial.
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/negocios/consumo-de-energia-tem-queda-de-0-9-em-marco-1.1279120

Nenhum comentário:

Postar um comentário