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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Marina anuncia que fará 'oposição independente'

               
Depois de se reunir com seu grupo político, a ex-senadora Marina Silva (PSB) anunciou neste domingo (23/11) que fará uma "oposição independente" no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff e acusou a petista de esquecer tabus pregados durante as eleições para tentar retomar a credibilidade econômica do país.Terceira colocada na sucessão presidencial, Marina afirmou que a Rede, partido que tentará formalizar até março de 2015, quer ter autonomia para assumir posições contrárias àquilo que considerar ruim para o país e favorável para o que for bom. 
A ideia é tentar marcar uma diferença em relação à tradicional oposição, especialmente após ter declarado apoio ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) no segundo turno das eleições.
A ex-senadora disse que Dilma praticou "marketing selvagem" na campanha e que, agora, diante do confronto com o mundo real e dos riscos econômicos para o Brasil, a presidente adota posições que havia criticado nas eleições para desqualificar seus adversários.
"A tipificação que eu coloquei desde o início é de que muitas das medidas que a presidente Dilma criticou [na campanha], ela ia acabar fazendo em relação a buscar meios para poder dar credibilidade ao país, em relação às contas correntes que têm um deficit de R$ 80 bilhões", afirmou.
"Temos uma série de ações que foram tomadas logo em seguida [das eleições] que era um tabu, que não podia mencionar como, por exemplo, a questão dos preços administrados e tudo isso foi esquecido: a diferença entre a realidade e o mundo colorido que foi apregoado pelo marketing selvagem", completou.
A ex-senadora foi cautelosa em relação aos possíveis ministros que devem ser anunciados nesta semana por Dilma. Depois de ser tachada pela presidente como candidata dos banqueiros, Marina não quis comentar o convite que Dilma fez ao diretor-presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, para que este assumisse o Ministério da Fazenda -oferta que foi recusada.
A pessebista também mediu palavras ao tratar da aguardada indicação de Joaquim Levy, também do alto escalão do banco, para o posto.Lembrada sobre os ataques que recebeu da campanha petista que, de acordo com ela, tentou associar negativamente sua imagem a banqueiros, Marina comentou que Levy foi "responsável pelo superávit fiscal" de 4,25% do PIB no governo Lula. A medida, segundo ela, foi criticada por Dilma durante a campanha eleitoral.
"Ele foi do governo do presidente Lula, foi braço direito do Palocci [Antônio, ex-ministro da Fazenda], é uma pessoa competente, não sei os diálogos políticos que estão sendo feitos", afirmou.
Apesar de destacar que não falaria do convite para a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) assumir o Ministério da Agricultura, Marina aproveitou para apontar que há retrocesso na política contra o desmatamento na gestão Dilma.
A ex-ministra do Meio Ambiente ainda responsabilizou indiretamente a senadora ao lembrar que isso é efeito de uma visão desenvolvimentista que ficou clara na votação da reforma do Código Florestal no Congresso. Um dos principais nomes da bancada ruralista, a senadora atuou diretamente nas negociações do texto.
REDE
No encontro, ficou acertado que o grupo político de Marina terá que recolher as 32 mil assinaturas que faltam para formalizar um novo pedido de criação do partido na Justiça Eleitoral até março.
Até lá, os integrantes da Rede Sustentabilidade que se filiaram ao PSB para disputar as eleições de outubro devem continuar na legenda, inclusive Marina.
"Nós fomos lá abrigados, uma filiação democrática, e pretendemos manter essa posição. Vamos dar avanço e celeridade na criação da Rede, mas pretendemos ter uma linha de proximidade com o PSB. Há muitas semelhanças", afirmou o porta-voz da Rede, Walter Feldman.

http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/nacional/online/marina-anuncia-que-fara-oposicao-independente-1.1157993

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