Seja bem vindo...

Páginas

terça-feira, 1 de julho de 2014

O maior dos medos

Das sacadas do luxuoso hotel Copacabana Palace, no Rio, a cúpula da Fifa acompanhava no último sábado o drama do jogo entre Brasil e Chile com a mesma angústia do torcedor que lotava a areia da praia. Mas o motivo da tensão era outra. A entidade temia que, sem o Brasil em campo, o Mundial mudasse de forma radical, inclusive com a volta de eventuais protestos. Uma saída prematura era tida como o maior golpe contra o torneio que está batendo todos os recordes.
À medida que o segundo tempo ia chegando ao final e o drama continuava, a tensão entre os cartolas aumentava. Durante os pênaltis, todos na Fifa deixaram seus afazeres para acompanhar não só o destino dos anfitriões, mas também o do torneio.

Antes mesmo de a Copa começar, a Fifa havia alertado que, mesmo sem o Brasil em campo, o governo precisava manter garantias de que as operações e os compromissos das autoridades seriam mantidas. Mas a Seleção de Felipão fora do Mundial nas oitavas de final seria um dos piores cenários para um anfitrião, perdendo apenas para a África do Sul que, em 2010, foi eliminada na primeira fase.
Tropa de choque
A Fifa temia a volta das manifestações, perdas financeiras e queda de audiência. Cartolas do mais alto escalão da entidade confessaram à reportagem que, antes do jogo contra o Chile, a preocupação já era muito grande e que uma tropa de choque especial foi convocada para resguardar o hotel.
"Que alívio foi a vitória do Brasil", declarou Julio Grondona, vice-presidente da Fifa e presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA). "Teríamos um outro Mundial sem o Brasil e não quero pensar o que poderia ser", disse. "Teria sido um desastre uma eliminação", completou o cartola argentino.
Sem o Brasil, o temor era de que os brasileiros que tivessem comprado ingressos para outros jogos abandonassem o torneio e a Copa começasse a ver estádios mais vazios.
Neymar sente dor e é poupado
Neymar não preocupa para enfrentar a Colômbia, na próxima sexta-feira, pelas quartas de final, mas vai ser poupado de alguns treinamentos até o jogo. O departamento médico da Seleção informou que o atacante tem uma lesão na coxa esquerda e outra no joelho direito, ambas por pancadas recebidas. A informação inicial era só na coxa.
O jogador está fazendo tratamento com gelo desde o último sábado, quando o Brasil venceu o Chile nos pênaltis, após o empate de 1 a 1 no tempo normal e prorrogação, no Mineirão.
A coxa, principalmente, já está menos inchada. Ontem, ele não foi a campo, assim como todos os outros jogadores que atuaram mais de 45 minutos ante os chilenos.
Oscar, com um arranhão que inflamou na coxa, Luiz Gustavo, com uma pancada no joelho, e David Luiz, com contratura nas costas, também fizeram tratamento. A lesão de David melhorou e, segundo o médico José Luiz Runco, ele estará melhor para o jogo de sexta-feira. Luis Gustavo cumprirá suspensão e não vai jogar contra a Colômbia.
Rodrigo Paiva agride chileno e  é suspenso
Assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, foi suspenso por um jogo pela Fifa, devido a uma briga que ocorreu no fim do primeiro tempo do confronto entre Brasil e Chile, sábado passado, 28, na Arena Mineirão/MG.
Após o jogo, jogadores chilenos, acusaram Paiva de ter dado um soco no atacante Pinilla. Mas o brasileiro disse: "foi uma confusão generalizada, não foi algo só comigo. O Pinilla veio para cima de mim e eu apenas me defendi. Reagi, empurrando ele".
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/jogada/o-maior-dos-medos-1.1049008

Nenhum comentário:

Postar um comentário