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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Senado aprova projeto do Marco Civil

O Senado aprovou o projeto do Marco Civil da Internet, uma espécie de "Regulamentação" da rede mundial de computadores com direitos, deveres e garantias de usuários e provedores, na noite desta terça-feira (22). Os senadores não fizeram nenhuma mudança no texto aprovado pela Câmara no final de março. O projeto segue para aprovação da presidente Dilma Rousseff. 

Sob protestos da oposição, que defendeu mais tempo para analisar a matéria, os senadores discutiram e votaram o Marco Civil em menos de um mês. O governo acelerou sua análise para permitir que a presidente Dilma Rousseff apresente a proposta na quarta-feira (23) e quinta-feira (24) na conferência NetMundial, em São Paulo, em que será discutido um formato internacional de governança na web. 
A oposição é favorável ao Marco Civil, mas criticou a rapidez imposta pelo governo. PSDB e DEM pediram pelo menos um mês para discutir a matéria, mas em minoria, não conseguiram retardar a aprovação do projeto. 
"A presidente Dilma tem que exibir um troféu que não é o melhor para o povo brasileiro. A Câmara teve três anos para discutir, eu quero um mês para desatar os nós que ainda estão no texto", disse o presidente do DEM, José Agripino Maia (RN). 
Em defesa na urgência da votação, o senador Eduardo Braga (PMDB-MA), líder do governo no Senado, disse que o projeto tem o apoio da sociedade brasileira e foi amplamente discutido pela Câmara. 
Pré-candidato ao Palácio do Planalto, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) bateu boca com o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Na confusão, o senador Mário Couto (PSDB-PA) quase trocouagressões físicas com o petista durante a votação. 
O tumulto teve início depois que Lindbergh, ao chegar ao plenário para participar da discussão do projeto, disse que Aécio não estava dialogando com a maioria da sociedade ao colocar-se contra a aprovação rápida do Marco Civil ao contrário do que afirma nos programas do PSDB no rádio e na TV. 
Pré-candidato ao governo do Rio, Lindbergh disse que o PSDB vai cometer um "erro histórico" e vai "pagar nas redes sociais" por ser contra a urgência na aprovação do Marco Civil, como defende o Palácio do Planalto. 
Em resposta, Aécio disse que o petista "chegou mais uma vez atrasado" na discussão e não tem "autoridade política nem moral" para criticá-lo. "Vossa Excelência quer fazer graça em uma Casa que deveria ter o seu respeito. Vossa Excelência está trazendo para cá uma disputa eleitoral. Não apequene uma discussão tão importante para a sociedade brasileira", afirmou. 
Projeto 
O Marco Civil da Internet se tornou polêmico porque dividiu interesses do Governo brasileiro, das empresas de telecomunicações, de sites de internet e da Polícia Federal, entre outros setores. 
Para aprovar o projeto na Câmara, o governo cedeu em pontos prioritários, como na chamada "neutralidade da rede" - termos utilizados para que a velocidade de conexão contratada não varie de acordo com o site ou programa acessado pelo usuário. 
A norma impede as empresas de telecomunicações de oferecer pacotes diferentes para os usuários de acordo com seu perfil de consumo: mais caro para quem navega mais e mais barato para quem navega menos. Com a neutralidade, as empresas também ficam impedidas de diminuir a velocidade da conexão de acordo com o conteúdo acessado pelo usuário, seja um vídeo ou um site qualquer.
Fonte. Folhapress

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