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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Mercado de luxo esfria na China

O mercado de luxo na China enfrenta uma época de esfriamento e mudança no perfil dos compradores, concluiu a consultoria Bain & Company. As vendas cresceram apenas 2% em 2013 e devem manter esse ritmo em 2014, em grande parte por causa da campanha anticorrupção do governo, que minou o suborno de funcionários públicos com presentes.
Campanha de caça aos corruptos do atual presidente impactou diretamente nas vendas do segmento
FOTO: Reuters
No ano passado, quando o presidente Xi Jinping ainda não tinha tomado posse nem aberto a temporada de caça aos corruptos, as vendas de peles e outros produtos de luxo subiram 7%, segundo a Bain. Em 2013, somaram 116 bilhões de yuans. A pesquisa considera apenas a China continental.
A tolerância zero com presentinhos nas repartições públicas representou um atraso em especial para as vendas de relógios, que respondem por 20% do mercado de luxo na China e despencaram 11% neste ano. As roupas masculinas de grife, que chegaram a ser um dos segmentos que mais cresciam, recuaram 1%. "As marcas globais abriram quase 100 lojas na China, ante 150 no ano passado. O foco agora é renovação, realocação e melhoria operacional para compradores nacionais", afirmou a Bain, que analisou 20 grifes para fazer o levantamento.
Poder feminino salva marcas
As vendas de vestuário feminino salvaram a pele das marcas de luxo na China em 2013. Saltaram 10%, e a tendência é ditarem o ritmo de crescimento nas próximas temporadas. "O mercado de luxo na China vem mudando rapidamente. O foco das marcas globais aqui está passando de roupa masculina e acessórios para vestuário feminino", afirmou em Xangai Bruno Lannes, responsável pela pesquisa.
Pelos cálculos de Lannes e equipe, as vendas de roupas femininas somaram 6 bilhões de yuans. As vendas de cosméticos igualmente cresceram 10%, mas bem menos do que os 15% do ano passado.
Chineses ainda são maiores compradores de itens de luxo
Apesar dos números com menos brilho, os chineses ainda são os maiores compradores de produtos luxuosos no mundo. Respondem por 29% das vendas globais. O problema para as lojas em solo chinês é que dois terços das compras que os chineses ricos fazem são no exterior, um dos motivos do crescimento menor.
Em outubro, a Bain estimou um crescimento mundial de 2% para esse mercado, a 217 bilhões em receita. Os Estados Unidos teriam uma expansão de 4%, invertendo uma tendência nos últimos anos. As vendas na Europa, segundo a Bain, subiram 2% e poderiam ser piores, se não fossem os turistas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo

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