O ministro Guido Mantega
(Fazenda) afirmou que a crise das empresas do grupo X, do empresário Eike
Batista, continua atrapalhando o desempenho da economia brasileira.
O ministro comentou sobre o
assunto nesta segunda-feira. FOTO: AGENCIA BRASIL/ ARQUIVO
A declaração foi feita em
evento na FGV (Fundação Getúlio Vargas) para discutir o crescimento do país.
"Isso continua atrapalhando o desempenho da economia brasileira, que na
Bolsa é muito boa. Mas claro que você pode ter uma empresa que não tenha
desempenho suficiente e nos atrapalhe", disse ele.
"Isso continua
atrapalhando o desempenho da economia brasileira, que na Bolsa é muito boa. Mas
claro que você pode ter uma empresa que não tenha desempenho suficiente e nos
atrapalhe", disse ele.
Segundo ele, a deterioração
na Bolsa já ocorreu, com a queda de valor de 10% no índice por causa dessas
empresas.
"É uma solução de
mercado. Espero que eles consigam se ajeitar o mais rápido possível",
afirmou ele. Desde o final do ano passado, as empresas de Eike enfrentam crise
de credibilidade do mercado e perda no valor das ações.
Depois de bater recordes de
captação na Bolsa, a principal operação da petroleira OGX no campo de Tubarão
Azul foi revista e a meta de produzir 50 mil barris diários foi deixada de
lado. A crise também conta com problemas na transparência da situação do grupo
e a demora para avisar ao mercado sobre a real situação das empresas.
Calote
A OGX e a companhia de
construção naval OSX, controladas por Eike, entrarão com pedidos de recuperação
judicial nas próximas duas semanas, segundo a revista "Veja" informou
no último sábado. Na sexta-feira, a Folha de S.Paulo informou que as
negociações com os credores da OGX estão complicadas e a empresa caminha
rapidamente para a recuperação judicial.
A recuperação judicial
depende da malasiana Petronas, que havia se comprometido a comprar uma fatia em
um campo de petróleo, mas desistiu. A OGX deve US$ 3,6 bilhões em títulos no
exterior e US$ 900 milhões à OSX, referentes a indenização pelo cancelamento
das encomendas de plataformas de petróleo.
Fonte: Folhapress
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