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sábado, 31 de agosto de 2013

Insegurança faz brasileiro aderir a seguros para celular; saiba como funciona

O aumento no número decelulares roubados tem transformado o mercado de seguros, que está de olho no nicho dos aparelhos móveis. A falta de informações sobre como essa modalidade funciona, no entanto, ainda afasta alguns consumidores.
Valor do seguro varia conforme a faixa de preço do celular FOTO: Reuters
O serviço de seguro para celular no País é disponibilizado somente por quatro empresas: MapfrePorto SeguroTIM,  por meio da Assurant Seguradora; e Vivo, por meio da Zurich Minas. Em geral, são oferecidas coberturas de roubo e furto qualificado, mas alguns planos opcionais também cobrem no caso de danos ao aparelho provocados por oscilações e descargas elétricas de energia, além da possibilidade de extensão das garantias para os acessórios utilizados junto ao equipamento.
Valor varia conforme o preço do produto
O valor mensal do seguro para celular varia conforme a faixa de preço do produto adquirido, mas são oferecidos planos tanto para aparelhos que custaram menos de R$ 100 como para os que superam o preço de R$ 2 mil. 
No plano oferecido pela TIM, as parcelas do seguro a serem pagas por mês variam de R$ 6,49 a R$ 24,99. No da Vivo, os valores vão de R$ 3,99 até R$ 29,99, mas só são aceitos clientes que utilizam os chips da operadora. Já no serviço disponibilizado pela Porto Seguro, o preço de compra do smartphone tem que ser acima de R$ 300. No caso dela, não há tabelas de preços pré-definidas, pois é feita uma simulação com cada cliente.
Se o consumidor comprou, por exemplo, um Galaxy SIII de R$ 1.800 há 3 meses e adere ao plano da Porto Seguro, ele terá que pagar um valor que corresponde a R$ 43 por mês, cobrindo também a possibilidade de danos físicos causados ao bem. No caso da Mapfre, a comercialização do seguro não é feita de forma direta com o consumidor. A empresa oferece o serviço por meio da venda dos planos no varejo. Dessa forma, o preço de venda dos planos é definida de acordo com cada varejista.
Em alguns casos, as empresas recusam o seguro para celulares com um longo tempo de uso. No caso da TIM, o serviço é possível somente com equipamento de até três meses de duração. Os seguros da Vivo e Mapfre aceitam segurados com aparelhos de até 2 anos. Já a Porto Seguro, o período permitido é de apenas 1 ano.
Empresas podem cobrar franquia
Quando o cliente precisa acionar o seguro, os segurados da TIM e Vivo têm que pagar uma franquia que corresponde a 25% do valor do equipamento. No caso da Porto Seguro, o percentual é de 10%. Já no seguro da Mapfre, o custo varia de acordo com o tempo do celular. Caso o aparelho tenha apenas 4 meses de uso, não há necessidade do pagamento. Acima desse período, o consumidor tem que pagar 20% do preço e, com mais de um ano, há um aumento para 40%.
Veja o passo a passo para resgatar a indenização
Documentação é fundamental para reaver item
No caso da documentação necessária para resgatar a indenização, o cliente é obrigado, normalmente, a entregar cópias do RG, CPF e comprovante de residência, cópias autenticadas da nota fiscal de compra do aparelho e do B.O (Boletim de Ocorrência), registrado na delegacia. Também é necessária a declaração original feita pelo segurado, descrevendo como ocorreu o roubo ou furto e a declaração de que o consumidor havia somente um seguro. Caso o equipamento não esteja no nome do segurado, ainda é preciso a entrega de um Termo de Doação original.
Restrições podem ser entrave ao consumidor
As restrições presentes nos planos oferecidos pelas empresas que disponibilizam esse tipo de serviço no País também são um entrave para quem quer aderir. A supervisora institucional da Proteste, Sônia Amaro, acredita que o serviço vale a pena, mas muitos consumidores desconhecem uma série de exclusões presentes nos planos oferecidos, o que acaba gerando insatisfação entre algumas pessoas que contratam o seguro. "Alguns planos não cobrem no caso de um furto simples ou de danos materiais. Apesar disso, muitos ignoram essas restrições e aderem ao serviço, crendo que estão protegidos desse tipo de problema, mas não”, ressalta.
Sônia Amaro explica que, se o cliente não recebe previamente as orientações necessárias sobre como funciona a modalidade, ele pode acionar algum órgão de proteção ao consumidor para ajudá-lo a obter o ressarcimento do dinheiro pago à seguradora. “Ou seja, é preciso tomar muito cuidado antes da contratação. O consumidor não pode assinar o contrato sem antes ter noção do que o seguro cobre. Se o consumidor não tem essas informações de maneira prévia, ele tem como lutar”, garante a supervisora.
A farmacêutica Luana Alves ainda não aderiu ao serviço por ainda desconhecer como funcionam os planos. Ela já teve o aparelho roubado duas vezes em menos de quatro meses, mas ainda não optou pela contratação do seguro por acreditar que não havia planos para smartphones mais baratos. “Depois desses assaltos em tão pouco tempo, eu até me interessei em procurar uma seguradora. Mas os celulares que comprei são baratos e não sabia se havia planos para eles”, esclarece.
Estudante é entusiasta do serviço
Apesar da insegurança de muitos consumidores, a estudante Lívia Gomes é uma das entusiastas  dessa modalidade de seguro. Ela teve o celular roubado em outubro de 2012 e não hesitou em aderir ao serviço quando comprou um Iphone pouco tempo depois do crime. Já em julho de 2013, ela foi mais uma vez vítima da violência e teve o aparelho levado.
A sorte dela é que, dessa vez, teve como contar com o seguro. Lívia contratou o serviço da TIM, que é oferecido por meio da empresa Assurant, logo após a compra do Iphone. Depois de ter o aparelho levado, ela acionou a seguradora. “Fui assaltada pela segunda vez praticamente no mesmo lugar do primeiro assalto. Mas dessa vez, eu paguei, além das mensalidades do seguro, o valor da franquia que corresponde a 25% do preço de compra do aparelho. Depois enviei alguns documentos necessários e logo terei um novo Iphone”, comemora a estudante.

Lívia disse que foi informada sobre todos os serviços que o seguro cobria e afirmou não entender o motivo da insegurança de muitos consumidores. Para a estudante, a crescente violência que atinge Fortaleza transformou essa modalidade em algo essencial. “Eu não tive medo de procurar aderir ao seguro porque sentia a necessidade desse serviço.” Quanto às reclamações sobre o que o seguro não cobre, ela discorda, por acreditar que o seguro para celular serve para auxiliar contra problemas que você não pode evitar. “No caso de um furto simples ou esquecer em algum lugar, isso é mais descuido”, considera.
Por Alan Barros

Copilado do Diário do Nordeste

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