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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Obama: chegou a hora da reforma


O presidente pressionou o Congresso dos Estados Unidos pela aprovação de uma proposta em tempo hábil

Las Vegas O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez uma ameaça direta ao Congresso, durante um discurso realizado em Las Vegas, ontem, no qual enumerou o que considera prioridades em uma reforma imigratória. "Se o Congresso não agir em um tempo hábil, mandarei um projeto baseado na minha proposta e insistirei para que o votem imediatamente", disse.


Obama destacou o fato de que diversas empresas americanas, como o Google, foram fundadas por imigrantes e clamou por uma reforma FOTO: REUTERS


Na segunda-feira, um grupo de senadores republicanos e democratas apresentou um projeto que prevê ainda maior patrulhamento das fronteiras, maior controle sobre entradas e saídas de estrangeiros e vigilância contra quem tenta trabalhar - e contratar - ilegalmente nos EUA, propondo punições.

"A boa notícia é que, pela primeira vez em muitos anos, republicanos e democratas parecem estar preparados para enfrentar juntos este problema", disse.

O plano, como Obama mesmo admitiu, coincide em muito com o da Casa Branca, que está fundamentado em quatro princípios: contínuo fortalecimento das fronteiras e facilitação da verificação do status imigratório dos cidadãos; a criação de um caminho claro para a obtenção da cidadania americana; e a modernização do sistema para imigração legal.

"Haverá um rigoroso debate sobre os detalhes, mas é importante reconhecermos que a fundação para uma ação bipartidária já existe", afirmou.

Para o presidente, diversos setores da sociedade americana, como empresários, sindicalistas e autoridades, concordam com a necessidade da reforma imigratória.

O democrata destacou o fato de que empresas americanas surgidas nas últimas décadas foram fundadas por imigrantes, como o Google, e clamou por uma reforma que permita que outras surjam no país, e não acabem "entregues a competidores", como China, Índia e México.

Obama disse ainda que as condições precárias de trabalho a que os ilegais são, por vezes, submetidos "não é só ruim pra eles, é ruim pra toda a economia". "Todos os negócios que estão seguindo as regras sofrem. Eles têm de competir contra empresas que estão quebrando as regras", afirmou.

Como no primeiro mandato de Obama, democratas têm atualmente maioria no Senado enquanto republicanos a têm na Câmara dos Representantes (que é equivalente à Câmara dos Deputados).

População ilegal

Segundo as últimas estimativas do Departamento de Segurança Interior (DHS), cerca de 11,5 milhões de imigrantes não autorizados viviam nos EUA em 2011.

O pico de população ilegal foi registrado em 2007, com cerca de 11,8 milhões. Em 2000, 8,5 milhões de pessoas sem documentos viviam no país, que atualmente tem uma população de quase 310 milhões de pessoas.

Quase 85% dos imigrantes ilegais são provenientes do México e da América Central. Do total de pessoas sem documentos, dois terços são mexicanos (59%, 6,8 milhões), seguidos de salvadorenhos (6%, 660 mil), guatemaltecos (5%, 520 mil) e hondurenhos (3%, 380 mil).

Os imigrantes ilegais da América Latina nos Estados Unidos chegam a 800 mil. Segundo as autoridades, cerca de 40% dos imigrantes ilegais entraram de forma legal com um visto que posteriormente expirou.

A população imigrante com residência legal em 2011 chegou a 13,1 milhões de pessoas.
Copilado do Diário do Nordeste

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