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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Desligamento de equipamentos causou apagão, diz Aneel


Uma falha na manutenção dos equipamentos da subestação de Colinas (TO), pertencente à companhia Taesa, do grupo Cemig, causou o apagão da última sexta-feira nos Estados do Nordeste e no Norte do país, segundo apontou hoje o Ministério de Minas e Energia.

A companhia será punida pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). 


De acordo com relatório técnico divulgado pelo governo, a empresa havia feito manutenção no sistema de transmissão da energia uma semana antes do problema.

No entanto, os técnicos da empresa esqueceram de religar os equipamentos de proteção da rede e também não fizeram os testes necessários antes da reativação da linha que liga Colinas à Imperatriz (MA).

"A proteção não funcionou porque não estava ativa no momento da ocorrência. Se estivesse ativa não teríamos essa ocorrência no sistema norte e nordeste", disse o ministro interino Márcio Zimmermann (Minas e Energia).

Enquanto o sistema ficou fragilizado por causa dessa falha humana, conforme apontou relatório técnico, houve também um curto-circuito em uma das chaves da subestação. Sem que essa falha pudesse ser contida, os efeitos se propagaram.

"A recomposição também foi demorada [pouco mais de 4 horas]. Quando detectaram o problema, buscaram três caminhos alternativos, que também deram problema", apontou o diretor geral do ONS (Operador Nacional do Sistema), Hermes Chipp.

O governo nega que haja baixo índice de investimento no crescimento e na manutenção da rede de transmissão pelas empresas do setor. O Ministério de Minas e Energia sustenta que nos últimos 10 anos a rede cresceu 60% por todo Brasil e que os investimentos se intensificaram desde o racionamento de energia em 2001.

O ONS também refutou a possibilidade de que os demais apagões ocorridos dentro de um prazo de 35 dias tenham sido motivadas pelas mesmas falhas. 
De acordo com o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, a partir das falhas identificadas, serão feitos "aprimoramentos" na maneira como se fazem os ajustes no sistema de proteção das empresas.

"Não podemos permitir erros como esses no sistema brasileiro. Teve erro, falha humana, mas também no procedimento da empresa. Vamos alterar o regulamento para corrigir essas falhas", afirmou.

O diretor também afirmou que a Taesa será punida de acordo com o regulamento da agência, que pode variar de advertência a multa. 
O Ministério de Minas e Energia anunciou ainda que dará início a uma operação pente-fino em todas as empresas de transmissão do país a partir do dia 5 de novembro.

Foto:José Leomar

Fonte: Folhapress

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