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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Mastigar mais para comer menos e emagrecer


Mastigação é a chave para a saciedade, o emagrecimento e a manutenção do peso.

A população brasileira está cada vez mais pesada. De acordo com dados da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, o percentual de obesos subiu mais de 4% em cinco anos - de 11,4% em 2006 para 15,8 em 2011. E o percentual de pessoas acima do peso passou de 42,7% para 48,5% no mesmo período.


 "Os números são preocupantes e devem servir como alerta sobre os perigos da má alimentação e do sedentarismo", observa o ortodontista e ortopedista facial Gerson Köhler.

Todo mundo já sabe as principais medidas que devem ser tomadas para manter o corpo saudável. Praticar exercícios físicos, beber dois litros de água por dia, evitar alimentos com excesso de gordura, sal e açúcar e dar prioridade ao consumo de frutas e verduras são alguns dos pilares da boa saúde. "Mas, também é muito importante prestar atenção à maneira como se come as coisas e não apenas ao que está sendo ingerido", destaca Gerson, que atua na equipe interdisciplinar da Köhler Ortofacial em questões ligadas a anomalias dentofaciais, distúrbios do sono, emagrecimento e zumbido.

A mastigação tem papel fundamental no emagrecimento e na manutenção do peso. Mastigar várias vezes e devagar contribui para que o organismo se sinta saciado com a ingestão de uma quantidade menor de comida. "O ideal é mastigar de 20 a 30 vezes cada bocado, dependendo da textura e resistência do alimento. A correta mastigação é o melhor medidor da quantidade de comida que o corpo deve ingerir. Enquanto a boca mastiga o alimento, o cérebro recebe avisos gradativos sobre a assimilação do que foi ingerido até o momento em que envia o comando de saciedade", explica.

Ao comer muito rápido, mastigando pouco e engolindo o alimento mal triturado, o ponto de saciedade se dará de modo errado. O estômago fica dilatado e com sobrecarga de comida e a quantidade de calorias consumidas é muito maior do que o necessário. "Por isso a mastigação correta influencia o processo de emagrecimento e na manutenção do peso. A reeducação mastigatória tem seu foco no modo como a pessoa come e não no que ela come. A dieta em si é assunto para médicos endocrinologistas, nutrólogos, metabologistas e nutricionistas", esclarece.

O ortodontista destaca que um pedaço de carne exige muito mais mastigação do que um bocado de arroz ou macarrão, por exemplo. O momento ideal para engolir a comida é quando ela está completamente triturada e com saliva. As próprias enzimas da saliva fazem parte do processo de digestão, especialmente em relação aos carboidratos. "Um segredo para não cansar a boca, apesar disso dificilmente acontecer já que ela possui uma alta potência muscular, é mastigar sempre de forma bilateral, isto é, mastigar do lado esquerdo e do lado direito antes de engolir", ensina.

Outra dica é fazer uma pausa entre cada bocado mastigado e engolido. Para facilitar, a pessoa pode colocar o garfo e a faca no prato. Esta atitude simples desacelera o ritmo da mastigação, da refeição e ajuda quem tem dificuldade de comer devagar. "A mastigação rápida e deficiente pode, inclusive, causar diversos problemas digestivos. A correta mastigação é um hábito que pode ser adquirido ou reaprendido e deve ser mantido sempre. Existe um aparelho intrabucal que auxilia no retreinamento da mastigação e faz parte de um tratamento de emagrecimento indicado por especialistas", evidencia.

O aparelho foi criado com o objetivo de reduzir a quantidade de comida ingerida e aumentar a quantidade de mastigações durante a refeição. O dispositivo é feito de resina acrílica e é fabricado de maneira personalizada, de acordo com a anatomia da boca do paciente. "Ele reduz o volume interno da boca, obrigando a pessoa a comer devagar e a mastigar mais antes de engolir o alimento. O aparelho, que não é visível, deve ser colocado 15 minutos antes de cada refeição e ser retirado depois de comer. O aparelho ajuda a emagrecer, mas o paciente deve se esforçar e mudar seu comportamento", finaliza.

Doutor Gerson Köhler (CRO 3921 - PR)

Fonte: Toda Comunicação

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