O número de famílias
endividadas cresceu cinquenta e nove vírgula oito por cento de julho para
agosto, segundo a Confederação Nacional do Comércio. Os números da pesquisa
chamada “Endividamento e Inadimplência do Consumidor”, divulgados nesta
terça-feira, mostram que essa foi a terceira maior alta consecutiva e a maior
para o ano de 2012.
Apesar disso, a porcentagem ainda é menor que a registrada
em agosto do ano passado, quando o endividamento chegou a sessenta e dois e
meio por cento das famílias brasileiras. Numa análise detalhada, o relatório
revela que vinte e um vírgula três por cento dos entrevistados declararam estar
com dívidas em atraso, enquanto sete vírgula um por cento disseram não ter
condição para pagar as dívidas.
Em média, vinte e nove vírgula seis por cento
da renda familiar dos entrevistados estão comprometidos com dívidas, sendo que
dezessete vírgula quatro por cento do dinheiro é gasto com despesas domésticas.
Na avaliação das faixas de renda, o endividamento maior – na casa dos sessenta
e um vírgula um por cento – está concentrado nas famílias com renda menor que
dez salários mínimos. Essas mesmas famílias disseram ter dificuldades para
pagar as contas já atrasadas.
O levantamento aponta, também, que a média de
dias de atraso nas contas chegou a cinquenta e oito dias em agosto. As dívidas
mais longas se concentram no cartão de crédito: setenta e três vírgula dois por
cento. Na sequência estão os carnês, com dezoito vírgula nove por cento das
dívidas e, em terceiro lugar, o financiamento de veículos, com doze vírgula
quatro por cento.
Em média, vinte e sete vírgula três por cento dos endividados
estão com contas a pagar pelos próximos três meses, enquanto vinte e sete
vírgula dois por cento estão endividados pelos próximos doze meses.
Natália Borges.
Fonte: Caiene Multimídia
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