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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Consumo de flores no CE quase dobrou no primeiro semestre


A crise internacional contribuiu para o avanço do segmento, por conta da redução das exportações.

O consumo médio per capta de flores e plantas ornamentais no Ceará praticamente dobrou no primeiro semestre deste ano em comparação com igual período de 2011, saltando da faixa de US$ 7 para US$ 13 por habitante ao ano e superando proporcionalmente a média nacional que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), é de R$ 20,00 por pessoa/ano - o equivalente, em dólar, a aproximadamente US$ 9,90 por habitante ao ano.


Os números do segmento no Estado, embora menores que os quantitativos do mercado brasileiro, "são expressivos", conforme Ticiana Batista, articuladora da cadeia produtiva de flores da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece).

Segundo ela, "o incremento do consumo no mercado interno se deve ao acesso facilitado da população, devido à entrada dos supermercados na comercialização do produto". Outro fator é o aumento da oferta, devido à redução nas exportações, em função da crise internacional.

Área produtiva

Dados da Adece indicam que o Estado possui em torno de 300 hectares de área produtiva distribuídos em quatro polos de produção - Ibiapaba, Baturité, Região Metropolitana de Fortaleza e Região do Cariri. São cerca de 75 produtores cearenses que geram em torno de 3.900 empregos diretos no setor.

No Brasil, de acordo com números do Ibraflor, considerando o primeiro semestre de 2012, o setor de flores e plantas ornamentais aumentou em 15% o volume da produção nacional e em 17% o valor comercializado no País. "O Ceará segue a tendência nacional. Nós também crescemos tanto em área de produção como em valor comercializado", afirma Ticiana.

Ampliação neste ano

A articuladora estima que o Estado ampliará sua área de produção de flores e plantas ornamentais entre 5% e 7% em 2012, mas não arriscou prever o crescimento das vendas. "Ainda não temos a meta comercial do Estado em relação ao setor para 2012".

Segundo ela, a realização da décima quarta edição da Agroflores ajudará a aquecer ainda mais o mercado cearense. "O evento trará novos investidores a ajudará a criar oportunidades de negócios para a cadeia produtiva do segmento", afirma.

XIV edição

Fruto da parceria entre Associação de Produtores de Flores e Plantas Ornamentais (Floresce), a Câmara Setorial de Flores (CSFlores) e o Instituto Frutal, a XIV edição do Agroflores será realizada de 25 a 27 de setembro de 2012, no Centro de Eventos do Ceará (CEC).

O evento promoverá o debate sobre modernas técnicas de cultivo, sobre o mercado de flores e apresentará experiências bem sucedidas no setor. A programação incluirá palestras, mostras científicas, exposição de produtos da floricultura do Estado do Ceará, demonstração e confecção de arranjos florais com a participação de artistas florais cearenses, além de cursos para técnicos, produtores, floristas.

No País, esse é um o setores econômicos que mais cresce. A produção e comercialização de flores prevê um crescimento para 2012 de 15% no volume de produção e de 17% em valor comercializado, ambos em comparação ao ano passado. No ano passado, as flores movimentaram R$ 4,3 milhões, 13% a mais que em 2010.

De acordo com o Ibraflor, esse desenvolvimento está fundamentado na qualidade da produção e na mudança de hábito da população que tem hoje produtos com beleza e vida útil correspondente ao valor gasto pelo consumidor.

A entidade confirma que a expansão do segmento também está relacionada às vendas de flores nos supermercados. De acordo com dados do Ibraflor, atualmente, o brasileiro consome R$ 20,00 por ano, cerca de US$ 66% a mais que em 2006, quando o consumo médio girava em torno de US$6/ano.

Manter os investimentos

"Esses números são reais, mas isso não quer dizer que não devemos nos preocupar com o futuro. A Europa e EUA estão em crise e a confiança dos investidores diminuiu quanto a tais países. A Ásia desacelerou, embora continue estável, assim como o Brasil. Por isso, precisamos estar com os pés no chão, manter os investimentos para continuar oferecendo produtos de qualidade e preços acessíveis. Temos consciência de que o poder de compra do brasileiro (ou seja, o mercado interno) é o que está segurando a economia nacional", declara Camila Reijers, engenheira agrônoma da Rosas Reijers - considerada a maior produtora de rosas do País.

ÂNGELA CAVALCANTE
REPÓRTER
Copilado do Diário do Nordeste

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