Uma nova combinação de três
remédios reduz o risco de uma mãe com aids transmitir o vírus da doença para o
bebê na hora do parto. O resultado faz parte do estudo realizado pela Fiocruz,
órgão ligado ao Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade da
Califórnia, nos EUA.
O estudo modifica o padrão mundial de tratamento para
prevenção da transmissão vertical do HIV, ou seja, quando a mãe contamina o
bebê. Atualmente, o tratamento é feito por meio da droga AZT.
A dose é aplicada
apenas nos casos de bebês considerados de alto risco, quando as mães não
receberam o coquetel antiaids durante a gravidez. A primeira dose da droga é
aplicada na criança em até 48 horas após o parto. Segundo a pesquisadora e
coordenadora da pesquisa da Fiocruz, Valdiléa Veloso, com esse estudo dobra a
chance do bebê nascer sem a doença.
"Os bebês que nascem
nessa situação dessas mães eles tem então uma chance aumentada de adquirirem o
HIV, de adquirirem o vírus da aids. Nossa pesquisa mostrou que se nós
combinarmos medicamentos para dar para o bebê, a chance do bebê nascer sem a
infecção, nascer sem o vírus da aids dobra".
A pesquisadora da Fiocruz,
Valdiléa Veloso, lembra que o pré-natal ajuda a reduzir a transmissão do vírus
do HIV/aids.
Se a mulher for diagnostica
durante o pré-natal e receber o coquetel a combinação de três drogas, a chance
de transmitir para o bebê é muito pequena".
O Ministério da Saúde, por
meio do programa Rede Cegonha, oferece de graça os exames do pré-natal e
acompanhamento da criança até os dois anos de idade. A pesquisa sobre a redução
do risco da mãe passar aids para o bebê foi realizada com mais de mil crianças
tratadas em 17 hospitais do Brasil, da África do Sul, da Argentina e dos
Estados Unidos.
Fonte: Agência do Rádio
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