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domingo, 24 de junho de 2012

Fifa diz que Copa do Mundo de 2014 será a mais sustentável da história


Entidade reconhece os impactos negativos que a competição trará, mas diz que serão superados pelos positivos.

Rio de Janeiro. O diretor de Responsabilidade Social Corporativa da Fifa, Federico Addiechi, reforçou na última sexta-feira (22), durante palestra na Rio+20, que a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, será a "mais sustentável de todas". O diretor reconhece os impactos negativos que a competição trará ao País, mas afirma que eles serão superados pelos positivos.
O diretor defende a utilização da publicidade gerada pelo Mundial para divulgar medidas de desenvolvimento sustentável.
"A Copa do Brasil será vista por metade da população mundial, então é uma oportunidade para dar mais força a essas questões". Na última terça-feira, também durante evento da Rio+20, Addiechi anunciou investimento de R$ 40,7 milhões no Brasil, pela Fifa, para a implementação da estratégia de sustentabilidade da competição até 2014. O valor corresponde a 0,7% da arrecadação da entidade.

O secretário executivo do ministério do Esporte, Luís Fernandes, único representante do governo federal no Comitê Organizador Local (COL) da Copa, frisa a decisão do Brasil de solicitar, sem que a Fifa exigisse, a certificação ambiental internacional LEED (sigla em inglês para Liderança em Energia e Design Ambiental), concedida pela ONG Green Building Council. "Agora, a Fifa quer levar a experiência do País para as próximas Copas do Mundo", comenta.

Desaceleração

Também presente à palestra, o arquiteto espanhol Pablo Vaggione, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) - um dos principais financiadores das obras relacionadas à Copa do Mundo nas cidades brasileiras - deixou o alerta. "Vocês precisam estar preparados para a desaceleração de eventos logo após o fim do Mundial", avisa o espanhol.

Segundo afirma, a transformação de Barcelona não terminou em 1992, quando a cidade espanhola sediou os Jogos Olímpicos, "mas começou". "Não se pode desperdiçar o dia seguinte à Copa", acrescenta.

A Rio+20 foi fechada com lições negativas e positivas para absorver na caminhada para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. O trânsito foi considerado o principal ponto negativo da organização. O coronel Milton Corrêa da Costa, especialista em segurança, diz que o planejamento de tráfego falhou, sobretudo, nos primeiros dias da conferência. Ele classifica como discreta a atuação das equipes de segurança, que, diferentemente da Rio 92, não desfilaram aparatos bélicos nas ruas da cidade.

"O trânsito não pode parar em razão de um megaevento. Isso precisa ser muito estudado para que não se repita, por exemplo, na Jornada Mundial da Juventude, no ano que vem. Não teremos chefes de Estado, mas serão milhões de jovens reunidos no Rio. A engenharia de tráfego terá que buscar soluções", ressalta o coronel.

Outra dificuldade apontada foi a infraestrutura de alojamentos para os participantes de eventos da sociedade civil. O sambódromo, por exemplo, foi alvo de reclamações durante a conferência.

Eventos paralelos são destaque da Conferência

Rio de Janeiro A Rio+20 pode ser considerada a maior conferência realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU, sobretudo quando se leva em consideração os eventos paralelos, dizem especialistas.

Mas o seu resultado oficial, expresso num documento considerado pouco ambicioso, apequenou, na análise de ONGs e da sociedade civil. O texto reflete a unanimidade possível de ser obtida entre os 193 países-membros. Mesmo assim, ainda há motivos para o resultado não ser considerado um fracasso total, como avaliam representantes da prefeitura e do governo federal.

Conquista

Em relação a conteúdo, o governo brasileiro reconhece que o documento final da Rio+20 poderia ter ido além. As limitações, de acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, foram impostas pela necessidade de obter unanimidade para aprovar uma resolução.

No discurso oficial, entretanto, o resultado da conferência é considerado muito positivo. Entre os legados citados pela ministra do Meio Ambiente, que levou em consideração também os benefícios criados em eventos paralelos, destaca-se o para a criação do Centro Mundial de Desenvolvimento Sustentável (Centro Rio+), com sede no Rio, que servirá para reunir órgãos nacionais e internacionais na discussão sobre o meio ambiente.
"O que é adotado na Rio+20 é consenso. Não necessariamente nossas vontades prevaleceram 100%. O Brasil era mais ambicioso em relação ao alto-mar, por exemplo, mas tivemos que conciliar", explicou Izabella.
Segundo a ONU, durante a Rio+20 foram criados 692 compromissos voluntários entre governos, ONGs, empresas, universidades e outros, nos eventos oficiais e paralelos realizados antes e durante a conferência.
Investimento
40,7 Milhões foi o valor anunciado pela Fifa, na última terça-feira, na Rio+20, a ser investido no Brasil para estratégias de sustentabilidade até o Mundial.
Fonte: Diário do Nordeste

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