Goleiro
ainda depende do julgamento de um habeas corpus do Supremo para que consiga ser
solto.
Belo Horizonte. O goleiro Bruno Fernandes, acusado de mandar matar a
ex-namorada Eliza Samúdio, recebeu o direito a liberdade condicional pelo crime
de lesão corporal e cárcere privado que responde no Rio, uma vez que já teria
cumprido 1/6 da pena de 4 anos e seis meses. Mas apesar da decisão do juiz
Wagner Cavalieri da Vara de Execuções Criminais de Contagem, ele continuará
preso.
Segundo o Tribunal de Justiça de
Minas, existe um impedimento para cumprimento dessa decisão, que é o mandado de
prisão expedido no processo em que o goleiro é acusado do homicídio de Elisa
Samúdio. Ele está preso desde 2010 pelo crime.
De
acordo com o Tribunal de Minas, desde janeiro o atleta teria esse direito, mas
só agora o documento do Rio de Janeiro chegou à Justiça do estado. O pedido foi
analisado pelo Ministério Público, que foi favorável ao pedido de liberdade
condicional. Depois foi a vez do juiz decidir pela liberação ou não do
ex-jogador do Flamengo.
Os
advogados de Bruno já impetraram pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal
Federal, em Brasília, em relação ao processo em Minas. A expectativa é
que a resposta saia em 30 dias. "Se Deus quiser, em 30 dias, estamos com
ele no Flamengo", afirmou Francisco Simim.
A
modelo Elisa Samúdio desapareceu em junho de 2010. Semanas depois, o filho
dela, ainda bebê, foi encontrado com uma amiga de Dayanne Rodrigues do Carmo
Souza, ex-mulher de Bruno. A Polícia acredita que Eliza foi sequestrada com seu
filho, no Rio, e levada para Minas Gerais. Depois ela foi mantida no sítio de
Bruno até ser morta na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, em
Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte. O corpo de Eliza nunca
foi achado.
Em
março, o advogado de Bruno admitiu que a ex-namorada do goleiro está morta e
atribuiu o crime a Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão. Ele contou ainda
que a estratégia de defesa do atleta admitirá no julgamento a morte de Eliza
Samudio. Até então, a defesa do goleiro sustentava que a jovem estava viva. No
dia seguinte, Wasley César de Vasconcelos deixou a defesa de Macarrão.
Bruno
e mais sete pessoas são réus no processo sobre o desaparecimento e morte de
Eliza. Segundo a juíza Marixa Fabiane Rodrigues Lopes, Eliza foi morta em junho
de 2010, após tentar o reconhecimento da paternidade de seu filho pelo goleiro.
Copilado
do Diário do Nordeste
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