Profissionais
da área médica de todo o País promovem hoje diversas ações públicas como forma
de protesto contra os planos de saúde. No chamado "Dia de Advertência aos
Planos de Saúde", serão realizadas assembleias, reuniões, audiências,
caminhadas cívicas, coletivas e até paralisações.
No
Ceará, os médicos que atendem planos de saúde não vão suspender a realização de
consultas e outros procedimentos eletivos, mas representantes do Conselho
Regional de Medicina (Cremec), Associação Médica Cearense (AMC) e Sindicato dos
Médicos (Simec) se reúnem com a imprensa, a partir das 8h, na sede do Simec,
para apresentar as principais reivindicações do protesto. À noite, os médicos
se encontram em assembleia, na sede do Cremec.
"Os
planos de saúde se recusam em avançar nas negociações pela recuperação de
honorários defasados, que variam de R$ 30 a R$ 40 por consulta. Com estes valores,
fica muito difícil um profissional manter seu consultório sem realizar outros
procedimentos. A situação está difícil para quem vive só de consultas",
diz o presidente do Simec, José Maria Pontes.
O
presidente da entidade afirma ainda que outra reivindicação do protesto é acabar
com a interferência dos planos de saúde na relação entre os profissionais e
seus pacientes. "É até difícil de acreditar, mas muitas operadoras
orientam os médicos para não pedirem exames mais caros ou até dar alta mais
cedo para os pacientes que estão internados. Tudo isso para reduzir os custos
deles", revela José Maria.
12
estados vão parar
A
suspensão do atendimento médico eletivo pelos planos de saúde acontecerá em 12
estados. São eles: Acre, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará,
Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe.
Em
nove deles, o protesto tem duração prevista de 24 horas. Na Paraíba, porém, a
ação dos médicos ocorrerá apenas no período da manhã, durante cerca de seis
horas. No Piauí, a paralisação deve durar 72 horas.
As
lideranças do movimento asseguram que o atendimento dos casos de urgência e
emergência não será afetado e as consultas e procedimentos que forem cancelados
serão agendados oportunamente. A categoria afirma que não pretende prejudicar o
paciente, mas, contribuir para a melhora da assistência em saúde pelas
operadoras.
Copilado
do Diário do Nordeste
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