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sábado, 28 de abril de 2012

Ideli: governo não quer controlar CPI


A ministra disse que a CPI terá o respeito do governo, que quer atuação "dentro da normalidade"
Brasília. A ministra da secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou ontem que o governo Dilma não tentará exercer controle sobre a CPI do Cachoeira. A comissão parlamentar, que iniciou seus trabalhos, pretende investigar a relação do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e empresas.
"(O governo) não terá controle, não terá nada. O governo respeitará como sempre esta prerrogativa do Congresso" afirmou Ideli, que não quis responder se o Executivo teme eventuais "respingos" das denúncias.

Segundo a ministra, o Legislativo tem direito de "produzir investigações sobre fatos tão graves como os que a cada dia vem nos surpreendendo".
Ideli disse que a CPI terá o respeito e a confiança do governo, que espera que o trabalho seja "feito dentro da normalidade". Em nota divulgada ontem pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a presidente Dilma Rousseff negou que tenha tratado da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira em conversa na quarta-feira com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante quatro horas, Dilma se reuniu com Lula e os ministros da Educação, Aloizio Mercadante; da Fazenda, Guido Mantega; e da secretaria-geral da presidência da República, Gilberto Carvalho, no Palácio da Alvorada.
"Em momento algum o tema ´Comissão Parlamentar Mista de Inquérito´ foi objeto das conversas ocorridas na última quarta-feira em encontro da presidenta Dilma Rousseff com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva", informou a nota da Secretaria de Comunicação Social. "A presidenta lamenta as versões em contrário divulgadas por veículos de imprensa", citou o texto.
Ao participar ontem da abertura de seminário no Palácio do Planalto, Gilberto Carvalho foi questionado por jornalistas se a CPI foi assunto da reunião. "Não nos detivemos nesse tema", disse Carvalho.
Também presente no Congresso ontem, a coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse ontem que o ritmo das licitações de novas obras não será afetado pelas investigações da CPI do Cachoeira. As denúncias sobre as ações de Carlos Cachoeira envolvem a Delta, que tem a maior parte de contratos do PAC.
Conselho de Ética
O senador Humberto Costa (PT-PE), relator do processo contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) no Conselho de Ética do Senado, disse ontem que não vai basear seu relatório nas provas questionadas pela defesa do senador envolvido no esquema de Cachoeira.
Costa teme que provas eventualmente anuladas judicialmente possam prejudicar o processo. O relator promete apresentar suas conclusões iniciais no dia 3 de maio mesmo sem receber a cópia do inquérito das Operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal. No relatório preliminar, Costa vai dizer se o conselho deve oficialmente abrir processo para investigar Demóstenes.
A pedido do governador Marconi Perillo (PSDB-GO), o advogado Carlos de Almeida Castro, o Kakay, pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) instaure inquérito para investigar o tucano no caso Cachoeira.
Advogado de Perillo, Kakay afirma que a decisão é "inédita" por ser sido solicitada pelo futuro investigado, demonstrando que ele não tem nada a temer.
Copilado do Diário do Nordeste on-line

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