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terça-feira, 24 de abril de 2012

30% das cédulas de R$ 2 e R$ 5 não deveriam estar circulando


A orientação do Banco Central é que as pessoas troquem notas deterioradas ou descaracterizadas

Brasília/Fortaleza. O Banco Central informou ontem que aproximadamente 30% das notas de R$ 2 e R$ 5 em circulação no País estão em nível avançado de desgaste ou descaracterizadas - com grampos, riscos, fitas adesivas etc - e não deveriam mais estar sendo usadas. Os dados são da Pesquisa de Qualidade de Cédulas e Entesouramento de Moedas Metálicas, segundo a qual cerca de 15% das notas de R$ 10, R$ 20, R$ 50 e R$ 100 também não deveriam mais estar em circulação.


Resultado da falta de cuidado ou mesmo do dano intencional, o desgaste das cédulas é significativo em todas as regiões brasileiras, sendo mais acentuado no Norte e no Nordeste. As duas regiões possuem o maior número de cédulas de R$ 2 que não deveriam estar circulando devido ao desgaste avançado, com, respectivamente, 38,7% e 26,4% do total de notas. Já as cédulas de R$ 2 descaracterizadas correspondem a, 31,7% e 19% respectivamente.

Níveis de deterioração

A pesquisa definiu seis diferentes níveis de desgaste, considerando uma nota imprópria para circular a partir do ponto em que ela tiver "várias dobras, com a tinta esmaecida e o substrato enfraquecido". "As cédulas podem estar sujas ou manchadas. O papel já está gasto e não mais possui a rigidez original. A tinta dos caracteres e símbolos encontra-se desgastada. A imagem latente e a marca tátil não são mais percebidas. As áreas impressas em calcografia são dificilmente identificadas", complementa o estudo, divulgado ontem.

Segundo afirmou ontem o diretor de Administração do BC, Altamir Lopes, em entrevista coletiva, a condição mais deteriorada das notas nessas regiões está ligada ao menor acesso à rede bancária, resultando em menor inclusão financeira.

A orientação do Banco Central é que as pessoas que recebam notas descaracterizadas ou em um processo avançado de desgaste as depositem em algum banco, como forma de viabilizar o recolhimento para destruição e troca por cédulas novas. O levantamento sugere a necessidade de ações educativas quanto ao uso do dinheiro.

"Mudança comportamental"

"Uma mudança comportamental poderia permitir também economia de recursos públicos com reposição de notas danificadas e de moedas entesouradas", diz o estudo, segundo o qual o bom estado das cédulas contribui para a imagem do País e facilita a autenticação dos elementos de segurança.

Moedas

Ainda de acordo com o levantamento, 27% das 18,735 bilhões de moedas emitidas desde o lançamento do Plano Real - o que equivale a 5,134 bilhões de moedas - estão fora de circulação. "Por ano, deixam de circular 7% de moedas de R$ 0,01, e 3% das moedas de R$ 1", informou o Banco Central, explicando que esse dado deve-se à perda de moedas de baixo valor pela população e ao armazenamento prolongado.

Custo de substituição

O custo de substituição das 5,134 bilhões de moedas, caso fossem repostas, seria de R$ 1,1 bilhão, segundo a instituição. Ao ano, essa "taxa de entesouramento" - como o Banco Central define o percentual de moedas fora da economia - é de 5% em média, número comparável ao dos Estados Unidos e do México.

É a primeira vez que o Brasil faz uma pesquisa sobre moedas fora de circulação. "A partir de agora, faremos essa pesquisa uma vez a cada três anos", destacou o diretor. O levantamento foi realizado entre dezembro de 2011 e janeiro de 2012.

Moedas

27% das 18,735 bilhões de moedas emitidas desde o lançamento do Plano Real no País - o que equivale a 5,134 bilhões de moedas - estão fora de circulação

1,1 bilhão de reais seria o custo aproximado de substituição das 5,134 bilhões de moedas que não estão mais circulando no País, caso elas fossem repostas
Copilado do Diário do Nordeste

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