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sábado, 24 de março de 2012

Estado quer conversão de GNL em terra para liberar píer

Embora não tenha sido discutido com a Petrobras, o Estado já sinaliza que levará o tema à estatal.
O Governo do Estado já começa a repensar a formatação do Terminal de Regaseificação instalado no Porto do Pecém. A ideia é que a conversão de Gás Natural Liquefeito (GNL) do estado líquido para o gasoso deixe de ser realizada no píer 2, com o apoio do navio Golar Spirit, e passe a ser feita em terra, de forma a desocupar a área do complexo portuário. Embora não tenha sido discutido com a Petrobras, o Estado já sinaliza que levará o tema à estatal, que lidaria com as questões técnicas referentes à mudança com a Cegás (Companhia de Gás do Ceará).

A informação foi dada pelo presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará, Roberto Smith. O economista e administrador participou, ontem, de entrevista na TV DN.
"Precisamos desocupar o píer. O navio é caro para a Petrobras e para o porto. Trata-se de uma solução de emergência. Para longo prazo, tem que ser repensado", afirmou. Para o presidente da Adece, a construção de um terminal em terra ajudaria inclusive no reaproveitamento da energia dissipada na regaseificação.
Energia a aproveitar
"Quando você transforma o gás natural, você tem liberação de energia, que pode ser aproveitada. Você pode utilizar, por exemplo, o frio do gás para os sistemas de ar do porto e para o tratamento dos contêineres. Com a unidade em terra, você não tem desperdício de energia", destaca. O Terminal de Regaseificação foi inaugurado em 2008, mas só começou a operar, de fato, no ano seguinte, ampliando a oferta de gás natural para as térmicas do Ceará.
Atualmente, um outro terminal do tipo opera no Rio de Janeiro, na Baía de Guanabara; e um na Bahia deverá entrar em funcionamento até 2014.
O terminal cearense possui a capacidade de regaseificar sete milhões de metros cúbicos de GNL por dia e recebeu investimentos de R$ 380 milhões para a adequação do píer 2 do Porto do Pecém.
Aeroporto de passageiros
A possibilidade de que o Aeroporto de Cargas que será construído no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) também opere como terminal de passageiros começa a ganhar contornos mais concretos. As conversas dentro do Governo do Estado, inclusive, já foram iniciadas, e o presidente da Adece já teve encontros com o secretário do Turismo, Bismarck Maia, para tratar do assunto, de acordo com Roberto Smith. A empresa americana especializada em planejamento aeroportuário que foi contratada pela Adece garantiu à Agência, em seu último relatório analítico, que não dá para se pensar em um aeroporto somente de cargas. É preciso que ele também seja de passageiros. A Adece está em fase inicial de planejamento e possível revisão de localização do terminal, que deverá ser repensado para atender ao público em geral.
DIEGO BORGES
EDITOR WEB
Copilado do Diário do Nordeste

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