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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Número de transplante é o maior em 14 anos


O mês de janeiro de 2012 foi o melhor, desde 1998, tendo registrado 92 transplantes de órgãos.
O ano começou bem, otimista. Deixou esperançoso quem espera por uma vida nova nas filas de transplantes. O mês de janeiro de 2012, segundo a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), foi o melhor, desde 1998, com o maior números de doações de órgãos. Foram 92 transplantes realizados; um recorde nos últimos 14 anos. São cerca de três doações por dia. Entre elas, quatro cirurgias de coração."Se continuarmos assim, podemos superar, facilmente, os números do ano passado. Ficamos felizes com o resultado", afirma a coordenadora da Central de Transplantes da Sesa, Eliana Barbosa. Em janeiro de 2011, foram 80 doações e 1.292 cirurgias, 107 a cada mês.


Tendo as doações de janeiro como base, fazendo uma projeção para o restante dos meses, o ano terminaria com 1.104 transplantes, número ainda bem abaixo da meta anual estipulada pela Sesa que é de 1.800, uma média de 150 por mês. Para melhorar ainda mais os índices, a estratégia seria, conforme a coordenadora, investir na educação e na capacitação dos profissionais para o máximo aproveitamento dos doares que chegam.

Desafios

"Queremos passar, ainda neste ano, para o montante de 19 mil doadores para cada um milhão de habitantes no Ceará. Antes trabalhávamos com 16. Estamos avançando mais e mais a cada mês", relata a coordenadora.

Entretanto, o grande desafio ainda é, segundo ela, tentar zerar a fila de córnea. Garantir que cada paciente não espere mais que um mês para ser beneficiado. Atualmente, o tempo de espera se posterga por até oito meses.

A mudança se deve também pelos estímulos dados com a Lei 9.434/97. Assim, há 15 anos, o cenário dos transplantes no Ceará começava a evoluir, virar política pública. A legislação permitiu que os brasileiros pudessem ser doadores de órgãos, bastando informar seu desejo aos familiares. Antes, o cidadão era obrigado a comparecer ao cartório e, desse modo, declarar a vontade. Em 1998, mesmo com a norma já em vigor, só existiam quatro centros transplantadores no Estado. Hoje, somam-se mais 29.

De 1998 a 2001, o Ceará transplantava coração, rins e córneas. A partir de 2003, passou a realizar também transplante de fígado. A diversificação e as inovações são um dos fatores decisivos nos recordes sucessivos de transplante dos últimos anos.

Fazendo uma retrospectiva dos números, já são cinco anos de recordes no Ceará. Enquanto no ano de 2006, a quantidade de transplantes foi de 446, em 2007, este número subiu para 654. Em 2008, um novo salto, com 739 transplantes realizados e, em 2009, a marca de 767 foi alcançada. O Estado ainda comemora por ser o primeiro do País em transplante de fígado.

Campanha

A Fundação Edson Queiroz levanta, desde 2003, a bandeira a favor da doação de órgãos no Ceará com o importante movimento Doe de Coração. Desde então, o número de doações não parou de crescer, o que demonstra que a campanha além de informar, contribui para a quebra de tabus relacionados à doação de órgãos em todo o Brasil.

A iniciativa foi reconhecida pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), em prêmio concedido à Fundação Edson Queiroz, na pessoa de sua vice-presidente, dona Yolanda Queiroz. Em sua 10ª edição, a ação continua tendo êxito para que, cada vez mais pessoas, que estão na fila de espera, possam ser beneficiadas.

SAIBA MAIS

Meses de janeiro:

1998 - 12 transplantes
1999 - 28 transplantes
2000 - 32 transplantes
2001 - 19 transplantes
2002 - 27 transplantes
2003 - 43 transplantes
2004 - 46 transplantes
2005 - 42 transplantes
2006 - 18 transplantes
2008 - 48 transplantes
2009 - 72 transplantes
2010 - 80 transplantes
2011 - 80 transplantes
2012 - 92 transplantes

IVNA GIRÃO
REPÓRTER
Copilado do Diário do Nordeste

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